terça-feira, fevereiro 21, 2017

Roberto de Andrade continua à frente do Timão; impeachment não é votado

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Roberto de Andrade continuará na presidência do Corinthians. Em reunião realizada nesta segunda-feira à noite no Parque São Jorge, o Conselho Deliberativo do Timão nem chegou a votar o
impeachment do dirigente.
Em votação prévia, da admissibilidade do mérito da questão, a interrupção do processo venceu por 183 a 81 – além de um voto em branco e um nulo. Assim, a princípio, ele cumprirá seu mandato à frente do Timão até fevereiro de 2018. A oposição promete recorrer da decisão.
– Desde o começo, esse processo é triste e muito ruim para o clube. O presidente errou na administração, em algumas atitudes, mas não cometeu dolo. Graças a Deus, o Conselho é soberano e decidiu assim. Mas é óbvio que, no Corinthians, do tamanho que é, o presidente tem que delegar e dividir poderes. É importante que ele (Roberto de Andrade) tenha entendido isso e a partir de agora comece a mudar – disse o ex-presidente Andrés Sanchez logo após a divulgação do resultado.
– Nós ficamos preocupados porque o Corinthians vai sangrar durante esse tempo todo. O presidente não tem condições de continuar da forma como está. Os conselheiros que queriam o afastamento fizeram a sua parte. Infelizmente, o Conselho entendeu que ele deve continuar. A situação é difícil, as contas estão aí para pagar. Não teve dinheiro para pagar o 13º, nós estamos com quase 50 jogadores... Infelizmente, as coisas não vão mudar agora – afirmou o conselheiro oposicionista Osmar Stábile.
O processo de impeachment começou depois que Roberto de Andrade assinou uma ata de assembleia e o contrato do estacionamento da arena antes de assumir o cargo de presidente. Um deles, no dia 10 de janeiro e outro em 5 de fevereiro de 2015. Ele só foi eleito presidente em 7 de fevereiro daquele ano, o que caracteriza falsidade ideológica.
Em novembro do ano passado, um grupo de 63 conselheiros protocolou no Conselho um requerimento pedido a abertura do processo de destituição do presidente. Os documentos foram analisados pela Comissão de Ética e Disciplina, que deu parecer contrário à saída. Mesmo assim, o processo seguiu para a votação dos conselheiros.
Roberto de Andrade alegava que houve um erro administrativo pela não alteração das datas dos documentos em questão para o período em que ele já havia sido eleito. Ele nega que tenha havido má fé e assegura que o clube não teve prejuízo financeiro com os equívocos.  
O dirigente passou os últimos meses trabalhando nos bastidores do clube para não perder a maioria do conselheiros. Publicamente, lideranças políticas do Corinthans, como o vice-presidente André Luiz Oliveira, o André Negão, e o ex-presidente Andrés Sanchez, diziam ser contrários à troca do presidente. 
Mesmo com o fim do processo, Roberto não deve ter dias muito mais tranquilos no Corinthians. A gestão dele continua sendo bastante criticada pela oposição e até por antigos aliados. Para tentar esfriar o clima, o dirigente deve anunciar novos diretores nas próximas semanas.
Roberto três metas a cumprir até o fim do mandato: conseguir bons resultados no futebol, amenizar a crise financeira e fechar um novo acordo com o BNDES pelo pagamento da construção da arena – a parcela mensal deve cair de R$ 5 milhões para R$ 3 milhões, aumentando o prazo de pagamento de 12 para 20 anos.

Fonte: Globo Esporte

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!