quinta-feira, abril 28, 2016

Cão faz vigília há um mês por dono morto no Méier, Zona Norte do Rio

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Há um mês, um cão faz uma triste vigília no bairro do Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, à espera de seu dono. O proprietário do cachorro Romerito morreu no início
deste mês em decorrência de uma insuficiência renal, mas o animal segue no corredor do local onde vivia com ele.
Na última terça-feira (27), quando a equipe do G1 foi ao local, a vigília continuava. O caso já começa a ficar famoso nas ruas do bairro e, claro, mobiliza os moradores da vila onde vive o cachorro. Informalmente, eles adotaram Romerito e cuidam do simpático vira-lata. Os vizinhos têm dividido os gastos com ração e remédios, ainda que com dificuldade. Só um comprimido contra carrapatos custou mais de R$ 200.

“Agora estamos em busca de uma doação de uma casinha. O Romerito gosta de ficar no corredor e, como não tem cobertura, estamos preocupados com a temporada de chuvas”, diz Nilza Maria, uma das cuidadoras.

Cão alertou sobre mal-estar do dono

Cachorro Romerito é adotado no Méier (Foto: Anderson Barros/EGO)Cachorro Romerito é adotado no Méier
(Foto: Anderson Barros/EGO)
Os vizinhos contam que na manhã de um dia no mês de março o cachorro começou a uivar e latir ininterruptamente. No início da noite, já incomodados com a situação e estranhando a ausência do dono do animal, que cumprimentava os demais moradores ao retornar do trabalho, os vizinhos forçaram a porta da casa e entraram.
“O Guilherme estava caído no chão, com o Romerito ao seu lado. Quando me aproximei, ele tentou avançar em mim, como se quisesse proteger o dono. Os bombeiros tiveram que usar focinheira para fazer o socorro”, relembra Beto Jesus, outro vizinho que está cuidando do cão.

O dono do cachorro foi levado para um hospital e dias depois retornou. Para a tristeza de Romerito, horas depois, precisou ser internado novamente e nunca mais voltou. “Enquanto o Guilherme esteve internado, ele não parou de uivar e latir. Inacreditavelmente, só parou no dia que recebemos a notícia da morte”, conta Nilza.

Cachorro Romerito é adotado no Méier (Foto: Anderson Barros/EGO)Cachorro Romerito é adotado no Méier (Foto: Anderson Barros/EGO)

'Ele late pra gente abrir o portão’
Como o dono era solteiro e sem filhos, os vizinhos procuraram sobrinhas dele – suas únicas parentes no Rio – para entregar Romerito, mas elas alegaram que não ter espaço no apartamento em que moram. Deram, então, o cachorro para um morador de um bairro vizinho, mas animal fugiu duas vezes, sempre voltando à vila.

“Agora vive aqui. É mansinho e vai à rua sem coleira porque foi acostumado assim pelo dono, com quem ficou por dez anos. De vez em quando vai ao bar em que o dono trabalhava, que fica aqui perto. Quando retorna e encontra o portão fechado, late para a gente abrir”, diz Nilza.

Fonte: G1

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