quarta-feira, março 09, 2016

Pré-candidaturas de mulheres às prefeituras estão em baixa nas principais cidades do RN

Rosalba Ciarlini é pré-candidata a prefeita pelo PP (Foto: Alberto Leandro/PortalNoarNeste 8 de março, quando se comemora o dia internacional da mulher, as perspectivas não são favoráveis, pelo menos na representação política feminina no
Rio Grande do Norte. Nos seis principais colégios eleitorais, existem apenas duas pré-candidatas a disputar prefeituras em seus respectivos municípios. O universo masculino domina as disputas em questão.

Em Natal, já administrada por uma mulher três vezes – a ex-governadora Wilma de Faria – não existe pré-candidatura feminina expressiva para as eleições deste ano. O nome mais expressivo para uma possível disputa entre as eleitoras natalenses seria o da própria Wilma, que não vem demonstrando interesse público no pleito.

Nas cidades de Parnamirim, Ceará-Mirim e São Gonçalo do Amarante, também não aparecem nomes de mulheres postos para concorrer à chefia do Executivo nas eleições deste ano. Destes Municípios, somente Ceará-Mirim chegou a ter uma prefeita. A cidade foi governada duas vezes por Ednólia Melo, mulher do ex-governador Geraldo Melo.

As mulheres estarão representadas nas disputas pelas prefeituras de Mossoró e Caicó. Na capital do Oeste, o nome da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) é o preferido na disputa contra o prefeito Silveira Júnior (PSD).

Enquanto isso, a fisioterapeuta Franciele Lopes (PPS), que ficou em segundo lugar na disputa de 2012, tentar chegar ao comando da principal cidade do Seridó.

Representatividade

O primeiro voto feminino é uma página da história política do país com um capítulo importante contado no Rio Grande do Norte. Foi o registro da mossoroense Celina Guimarães como eleitora em 1927. Mesmo com o pioneirismo, a representatividade das mulheres potiguares na política ainda ser aquém do que se espera – mas ainda assim, está acima da média nacional quando se fala no Executivo Municipal.

No Brasil, apenas 11,8% das prefeituras foram vencidas por mulheres em 2012. No RN, esse número foi de 19,7%. Em cidades potiguares, foram eleitas no último pleito 33 prefeitas, enquanto os homens conquistaram 134 prefeituras, o que representa um número quatro vezes maior.

Nas Câmaras, a proporção de quatro para uma se mantém. Foram eleitos 1.286 vereadores e 332 vereadoras. Para 2016, o desafio das mulheres é aumentar a representação nas Câmaras Municipais e Prefeituras do Estado.

Quanto aos cargos em nível federal e estadual, o Rio Grande do Norte teve uma redução na representatividade das mulheres em cargos eletivos após as eleições de 2014. A bancada feminina perdeu uma cadeira na Assembleia Legislativa e uma na Câmara Federal. Conquistou uma vaga no Senado, mas perdeu a governança do Estado.

Assembleia Legislativa

A Assembleia Legislativa teve redução de uma cadeira para as mulheres. Até 2014, a bancada feminina era composta pelas deputadas estaduais Márcia Maia, Larissa Rosado e Gesane Marinho.

No entanto, Marinho, que não disputou a reeleição, e Rosado, que não conseguiu se reeleger, deixaram o legislativo. Márcia, que foi reeleita, tem como “companheira de bancada” a deputada estadual Cristiane Dantas (PCdoB), eleita para o primeiro mandato.

Câmara Federal

Com oito cadeiras na Câmara Federal, o Rio Grande do Norte teve até 2014 duas mulheres na bancada: Sandra Rosado (PSB) e Fátima Bezerra (PT). No entanto, após o processo eleitoral, Sandra não conseguiu renovar o mandato e Bezerra migrou para o Senado, dividindo a participação potiguar com dois homens. A única mulher entre os deputados federais potiguares é Zenaide Maia (PR).

Partidos

A dominação masculina também prevalece nos partidos políticos. Das grandes siglas potiguares, nenhuma hoje é comandada por uma mulher. A ex-governadora Wilma de Faria foi presidente estadual do PSB por 22 anos, mas perdeu recentemente o comando da sigla para o deputado federal Rafael Motta. Até o Partido da Mulher Brasileira (PMB), é presidido no RN por um homem, o presidente da Câmara Municipal de São Gonçalo do Amarante, Raimundo Mendes.

Fonte: Portal Noar

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