sábado, janeiro 23, 2016

Irmãos tinham 162 contas em 1 só banco para desvios em Magé, RJ

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O Ministério Público do Rio (MP-RJ) descobriu que o ex-prefeito e ex-presidente da Câmara de Magé, Anderson Cozzolino, e sua irmã, Jane Cozzolino, que é ex-secretária de educação do município na
Baixada Fluminense, tinham 162 contas correntes em mesmo banco. Para a promotoria, era um truque usado pra esconder o dinheiro desviado dos cofres públicos, como mostrou o RJTV.
Um esquema de fraudes revelado nesta sexta-feira (22) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP desviou pelo menos R$ 18 milhões dos cofres públicos de Magé. Seis pessoas, sendo dois ex-prefeitos e dois ex-secretários do município, tiveram a prisão decretada pela Justiça.
Na manhã desta sexta, o ex-prefeito Rozan Gomes da Silva foi preso pela Polícia Civil. Os outros cinco estão foragidos. Além de Rozan e dos irmãos Cozzolino, também tiveram a prisão decretada o ex-secretário de Obras Jefferson Oliveira, e Fábio e Fabiana, acusados de serem "laranjas".
Os seis investigados foram denunciadas por crimes como fraude em licitação, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato.
De acordo com os promotores, a fraude, realizada em 2009, consistiu na manipulação de uma licitação para aluguel de máquinas e veículos em número bem superior às necessidades do município.
Duas empresas se habilitaram. A Ambiental do Futuro Soluções e Serviços de Limpeza e Locações Ltda., que segundo os promotores foi criada apenas para concorrer com a FFM Terra Locadora de Veículos e Máquinas Ltda., de propriedade de outro ex-prefeito de Magé, Anderson Cozzolino, à época vereador e presidente da Câmara do município.
A FFM Terra, no entanto, estava registrada em nome dos "laranjas" Fábio Figueiredo Morais e Fabiana Dias Fernandes. As investigações do Gaeco revelaram ainda que os supostos donos da Ambiental do Futuro, que só existia no papel, eram na verdade empregados dos postos de gasolina da família Cozzolino.
A FFM venceu a licitação e faturou contrato de R$ 22 milhões, pelo qual forneceria 121 máquinas durante um ano à Prefeitura de Magé. Segundo o Gaeco, as máquinas teriam que funcionar 16 horas por dia para justificar os pagamentos, mas isso nunca aconteceu. Os promotores destacaram que empresa apresentou até placas de carros de passeio (um deles roubado) e de motocicletas como se fossem de caminhões. Para o MP, isso demonstra que o contrato nunca foi executado.
Para burlar o controle do Banco Central, Anderson e Jane abriram as 162 contas conjuntas na mesma agência bancária, além de 84 contas de investimento e nove contas-poupança. Já o ex-prefeito Rozan comprou dois apartamentos no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, um dia depois de assinar o contrato com a empresa FFM.
Em 2010, quando o dinheiro foi desviado, as contas da prefeitura de Magé foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Faltaram R$ 18 milhões para o orçamento fechar no azul, quantia que o MP disse ter sido desviada.
Os promotores disseram ainda que há cinco anos um comerciante tentou denunciar esse esquema ao Ministério Público, mas acabou assassinado. 
Os advogados dos acusados não se pronunciaram sobre as denúncias.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!