quarta-feira, dezembro 23, 2015

Menino pede 'casa com janela' e 'rua bem limpinha' para o Papai Noel

Eduardo até desenhou a casa melhor que queria ganhar do Papai Noel (Foto: Marcio Chagas/G1)No Natal, as crianças se encantam com o Papai Noel e com a magia que a data inspira. Como de costume, a garotada faz uma lista de pedidos ao bom velhinho, a
maioria, brinquedos. Mas na periferia de Maceió, um pedido em especial chamou a atenção das professoras de uma Organização Não Governamental (ONG) que cuida de crianças carentes.
Além da tradicional bola de futebol, desejo comum à maioria das crianças, Eduardo dos Santos, de 5 anos, pediu uma rua e uma casa melhor para morar. “Eu pedi para o Papai Noel uma rua bem limpinha para poder jogar bola e uma casa com janela para morar. A rua é muito suja”.

O desejo foi expressado durante a campanha Papai Noel dos Correios, realizada por funcionários da empresa em Alagoas. Eles pedem que crianças de escolas públicas ou moradores de comunidades carentes escrevam cartas com pedidos. Elas são colocadas em árvores de natal distribuídas em alguns pontos da cidade, para que voluntários doem os presentes.


Esgoto a céu aberto e calcamento danificado pode ser visto em todo bairro (Foto: Marcio Chagas/G1)Esgoto a céu aberto e calcamento danificado pode ser visto em todo bairro (Foto: Marcio Chagas/G1)

“Quem dera morar em um lugar melhor, quem sabe um dia com a graça de Deus vamos conseguir. Seria um sonho se a prefeitura fizesse algo para eles brincarem”, lamentou a mãe do garoto, Maria Caetano.
A mãe de Eduardo ainda demonstrou tristeza por não poder proporcionar ao garoto uma vida melhor, e classificou como descaso a atuação do poder público. “Só chega alguém aqui em época de eleição e promete algumas coisas, mas nunca fazem nada”.
A coordenadora do projeto, Maria das Graças Souza, afirma que a região é tão carente que algumas mães têm dificuldades para levar as crianças à ONG. “Quando chove, a rua fica alagada e não dá para algumas mães trazerem seus filhos. Além disso, só assistimos as crianças até uma determinada idade", diz. Depois que saem da ONG, as mães têm que procurar vagas em escolas públicas regulares.


Família do garoto em frente a casa onde moram  (Foto: Marcio Chagas/G1)Eduardo e a família em frente a casa onde moram na periferia de Maceió (Foto: Marcio Chagas/G1)

Fonte: G1

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