quarta-feira, outubro 14, 2015

Integrante de torcida organizada do Atlético-PR diz que 'vale matar'

Operação Coringa tem cinco mandados de prisão temporária (Foto: Divulgação/ Demafe)Um dos torcedores do Atlético-PR, preso nesta quarta-feira (14), em meio a uma operação da Polícia Civil, afirmou que a briga entre torcidas organizadas do clube "vai ser eterna" e que "vale" matar. Ao
todo, três foram detidos e outras duas pessas estão foragidas. Eles negam participação direta na confusão.
Os torcedores, sendo uma mulher, foram presos temporariamente em virtude da Operação Coringa, que teve início em uma briga em 9 de agosto deste ano entre as torcidas organizadas do Atlético-PR Ultras e Zona Sul da Fanáticos. No dia, o Atlético-PR recebeu o Sport na Arena da Baixada.
Na confusão, dois torcedores ficaram feridos, sendo que um em estado grave. Um vídeo divulgado pela polícia mostra que o agredido mais gravemente está no chão e várias pessoas se aproximam dele, dando chutes e pauladas.
“Essa questão é uma dissidência de torcedores da Fanáticos, que acabaram fundando a Ultras. Eles sempre ando digladiando-se, eles sempre andam em confronto pela cidade. Estamos aqui para dar segurança ao torcedor que quer curtir a paixão pelo seu clube e retirar de circulação aquela que provoca tumulto”, afirmou o delegado Clóvis Galvão da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe) que comandou a operação.
Inicialmente, um dos torcedores presos negou que tivesse algum envolvimento na briga. Depois, ele deixa transparecer a rivalidade entre essas torcidas organizadas.
“É isso mesmo... Nós vamos matar a caveira. A treta vai continuar e vai ser eterna. Enquanto eu estiver vivo, vai rolar. Vai rolar treta, vai rolar morte dos dois lados.”
Logo em seguida, questionado por jornalistas, ele diz que “vale matar” e abaixa a cabeça, dizendo que não falaria mais nada.
Em tôm irônico e menosprezando a operação e a própria prisão, outro torcedor dá risada e fala que não vai ficar muito tempo preso. “Você acha que é para sempre? A lei é falha”, disse. O preso também acusou a polícia de prender a pessoa errada.
Ele afirmou que brigou com outra pessoa, mas que não “deu madeirada” em ninguém. “Eu estava na cena, mesmo. Eu estava no jogo, estava lá fora e os caras foram querer dar um ataque e levaram a pior”, disse.
Ele disse que estava na esquina. “Eu troquei porrada, não bati em ninguém”.

Fonte: G1

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