terça-feira, outubro 27, 2015

Bancários encerram greve em SP e em cidades de outros 18 Estados

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Após 21 dias de greve, os bancários de São Paulo e de cidades de outros 17 Estados decidiram nesta segunda-feira (26) encerrar a paralisação, aceitar o reajuste de
10% nos salários e retornar ao trabalho nesta terça.

Segundo balanço divulgado pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT), entre as capitais em que a paralisação foi encerrada estão Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE) e Curitiba (PR).

Em São Paulo, onde foram feitas três assembleias de funcionários do setor privado, do Banco do Brasil e da Caixa, cerca de 6.000 trabalhadores aprovaram reajuste salarial de 10% para os salários —o que inclui 0,11% de aumento real (acima da inflação). Benefícios como vales refeição e alimentação serão corrigidos em 14%.

No Estado de SP, a greve também foi acabou na região do ABC, Jundiaí e em algumas cidades do interior, como em Catanduva.

A proposta aprovada foi a quarta oferecida pelos bancos em um prazo de 29 dias. Inicialmente a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofereceu 5,5% de reajuste com abono de R$ 2.500 e nas duas últimas semanas aumentou aos poucos o índice de correção dos salários até chegar em 10% sem o pagamento de abono.

Os bancários pediam em sua pauta de reivindicações 16% de reajuste —o índice incluía 5,7% de aumento acima da inflação medida pelo INPC acumulado nos últimos 12 meses.

Com o reajuste aprovado, a categoria acumula ganho real de 20,83% nos salários e 42,3% nos pisos salariais.

Mas o ganho real da campanha salarial de 2015 (0,11%) é o menor dos últimos seis anos. Um dos maiores foi em 2010 quando a categoria recebeu aumento de 3,08% acima da inflação.

Com o INPC beirando os 10%, tem sido menor o número de categorias profissionais que tem conseguido aumentos expressivos.

"Com esse índice, em 12 anos vamos acumular 20,83% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos. O vale refeição será de R$ 29,64 por dia, com reajuste de 14% e 3,75% de ganho real", disse Juvandia Moreira, que preside o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e é uma das coordenadoras do comando nacional dos bancários.

"Foi uma das greves mais fortes dos últimos anos", disse a sindicalista.

A Fenaban manteve a mesma posição que teve desde o início da paralisação e não comentou a negociação, nem os efeitos da greve.

LUCROS

Em relação à PLR (Participação nos Lucros e Resultados), a proposta aprovada prevê que será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79. O valor fixo do ano passado (R$ 1.838) também será reajustado em 10%.

A regra da PLR determina ainda que devem ser distribuídos no mínimo 5% do lucro líquido. Caso isso não ocorra, os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários.

Sobre os descontos dos dias parados, a negociação prevê abono de 53 horas para os dias parados para quem tem jornada de 6 horas (representa 63% de horas abonadas) e para quem tem uma jornada de 8 horas foram abonadas 81 horas (72%).

No país são 512 mil bancários, sendo 142 mil representados pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

BANCOS PÚBLICOS

O reajuste para os funcionários das instituições do setor público é o mesmo para os salários (10%) e os benefícios (14%). O que muda é o valor da PLR negociada em cada banco.

No caso da Caixa e do Banco do Brasil, além da regra básica da Fenaban, haverá PLR adicional de 4% do lucro líquido deste ano, distribuído igualmente para todos os empregados.

No BB, também há alguns itens específicos -como 4.000 bolsas de estudos de graduação, instalação de equipamento de segurança de detecção de metais (nas agências que forem realocadas e as que passarem por grandes reformas.

Fonte: Folha de São Paulo

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