O Palmeiras conseguiu nesta terça-feira um acordo com a procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva e reduziu a punição do atacante Dudu de 180 dias para seis partidas (duas já cumpridas). A
"Eu já esperava. A gente vê, com mais essa decisão, que na verdade quem está propondo a pena ao jogador acaba sendo o clube. A gente começa a aprender que vai demorar pelo menos mais 50 anos para o pessoal comece a valorizar e, mais do que isso, a respeitar os árbitros. Eu respeito a decisão do tribunal, mas não sou obrigado a concordar. O clube determinando a sentença do jogador abre um precedente perigoso, ele pode ficar à vontade para praticar o que quiser, porque a punição será definida por ele", explicou o árbitro.
Para Ceretta, a decisão é um aspecto que compõe o momento vivido pelo futebol brasileiro fora de campo. Ao expressar sua insatisfação, o árbitro até fez referência ao mau desempenho da seleção brasileira.
"Em relação a isso, acho um absurdo, o que tem que analisar mesmo é a atitude da pessoa. Se qualquer uma dessas decisões, eu levantasse da cadeira e desse um empurrão na frente de todo mundo, quem tomasse não ia ficar feliz. Falo para todo mundo, como demorou a ser julgado, falo que é mais um reflexo do 7 a 1, aos poucos vai detectando problemas do futebol na parte fora de campo".
Ceretta ainda revelou que está processando o atacante do Palmeiras na Justiça Comum. A ação corre na 2ª Vara Cível de Votorantim - o juiz cobra uma indenização de R$ 78 mil e diz que ficou marcado pelo lance. Segundo ele, o jogador nunca o procurou para se desculpar.
"Entrei contra ele na Justiça Comum, cobrando danos morais. Agora em todos os jogos que faço lembram disso, desse lance. Ele nunca me procurou, nunca me pediu desculpas. Acho que todo infrator gostaria de uma redução dessas".
Fonte: Uol
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