O cemitério de uma comunidade no interior de Chapecó, no Oeste catarinense, foi alvo de vândalos no último final de semana. Túmulos foram quebrados e as ossadas dos
mortos retiradas. A Polícia Civil ainda não tem pistas sobre o ocorrido.
O cenário calmo da comunidade de Colina Cella foi interrompido nos últimos dias, por causa dos atos de vandalismo no cemitério da cidade. "Dá uma sensação de raiva e medo, né? Porque o que se percebe é que nem os mortos descansam mais", desabafa Simone Orso, moradora da comunidade.
Durante o final de semana, cerca de oito túmulos foram quebrados e os crânios das ossadas dos mortos, retirados. Segundo o administrador do cemitério, Adair Três, os sinais foram deixados pelo local. "Uma vizinha veio até o cemitério e viu uma cabeça dentro da casinha, daí começou a olhar e depois achou mais cabeças fora dos túmulos", explica.
Investigação
A Polícia Civil e os peritos do Instituto Geral de Perícias estiveram no local e autorizaram o fechamento dos túmulos. Como a ação provavelmente ocorreu à noite, ninguém relatou ter visto a movimentação. Mas entre os moradores, o comentário é grande, e o mistério maior ainda.
"Na verdade eu não sei se é um ritual de magia negra ou que é. Mas é um grande desrespeito, né? Não só com as famílias, mas também com os próprios falecidos", diz Simone.
Segundo a Polícia Civil, um inquérito foi aberto para investigar o caso, mas ainda não há pistas ou suspeitos. O crime de violar sepulturas é chamado de vilipêndio de cadáver e pode resultar de um, a três anos de prisão, e cobrança de multa.
Fonte: G1
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