quinta-feira, agosto 20, 2015

'Não sabemos o motivo', diz defesa de procuradora da AL presa no RN

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na procuradoria da Assembleia Legislativa (Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi)A defesa da procuradora-geral da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Rita das Mercês, ainda não sabe o motivo da prisão feita na manhã desta quinta-feira (20) na operação Dama de
Espadas, deflagrada pelo Ministério Público Estadual. A procuradora-geral foi presa em sua casa na Zona Sul de Natal e levada para o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do órgão ministerial.
"Ninguém sabe do que se trata atéa agora. O que tenho de informação é pela imprensa. Não sabemos o porquê da prisão preventiva", conta o advogado Flaviano Gama, que faz a defesa de Rita das Mercês. A assessora direta dela, Ana Paula Macedo de Moura, também foi presa. O MP cumpriu mandados de busca e apreensão na AL, na casa da procuradora-geral, em outro apartamento na Zona Sul de Natal, e ainda nas cidades de Santa Cruz, no RN, e Areia, na Paraíba.
De acordo com o MP, os principais investigados da operação Dama de Espadas são Rita das Mercês Reinaldo, procuradora-geral da Assembleia Legislativa; Marlúcia Maciel Ramos de Oliveira, coordenadora do Núcleo de Administração e Pagamento de Pessoal (NAPP); Rodrigo Marinho Nogueira Fernandes, servidor público da Assembleia Legislativa; José de Pádua Martins de Oliveira, funcionário público; e Oswaldo Ananias Pereira Júnior, gerente-geral da agência do Banco Santander.
A operação Dama de Espadas investiga supostos desvios dos cofres da AL, que podem passar de de R$ 5,5 milhões, segundo o MP.  Ainda segundo informações do Ministério Público, a associação criminosa é composta por servidores públicos do órgão com o auxílio de um gerente do banco Santander. Eles utilizavam "cheques salários" como forma de desviar recursos em benefício próprio ou de terceiros. Os cheques eram sacados, em sua maioria, pelos investigados ou por terceiros não beneficiários, com irregularidade na cadeia de endossos ou com referência a procurações, muitas vezes inexistentes.
Ainda de acordo com o MP, os investigados devem ser acusados pelos crimes de formação de quadrilha ou associação criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A operação é coordenada pela Promotoria do Patrimônio Público e conta com o apoio da Polícia Militar e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
Uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e representantes do MPRN cumprem mandados de busca de apreensão em condomínios de alto padrão localizados nas ruas Senador José Ferreira de Souza e Mirabeau da Cunha Melo. Também nas cidades de Santa Cruz, no RN, e Areia, na Paraíba, além da Assembleia Legislativa. Participam da operação 17 promotores e cerca de 60 policiais militares.

Fonte: G1

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