terça-feira, abril 14, 2015

Potencial para gerar energia limpa é desperdiçado

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Mesmo com a confirmação de que a Chapada do Apodi deverá contar ainda neste ano com uma usina de energia solar,  que será construída através de parceria entre
empresários cearenses e a Companhia Energética do Ceará (COELCE), os investimentos para o setor não apenas no Rio Grande do Norte, mas em todo o país, estão longe de ser o ideal.
Mesmo num país onde o sol brilha praticamente o ano inteiro, principalmente nos estados do Nordeste, o setor de energia solar ainda é pouco explorado. Só para se ter uma ideia da falta de investimentos e incentivos por parte do governo brasileiro, basta traçar um paralelo com a Arábia Saudita – maior exportador mundial de petróleo que planeja instalar 6 gigawatts de energia solar fotovoltaica nos próximos cinco anos. É o equivalente à potência instalada das duas usinas do rio Madeira. Em 2032, os sauditas planejam ter em seu deserto e em suas casas o equivalente a mais de uma Itaipu em energia solar.
Enquanto isso, no Brasil, que possui um território maior e muito mais horas de sol o ano inteiro que a Arábia Saudita, com potencial de radiação solar equivalente a 20 vezes toda a atual capacidade instalada de produção de energia elétrica, os planos do governo até agora para essa fonte são modestos, 2 gigawatts instalados até 2023, ou seja, um terço do que os árabes planejam instalar em cinco anos.
Os dados foram divulgados pelos especialistas no setor, Carlos Rittl, membro do Observatório do Clima, e Ricardo Baitelo, que é coordenador de Clima e Energia do Greenpeace.
De acordo com os dois especialistas, no Brasil, a primeira medida séria de incentivo à energia fotovoltaica só foi adotada em 2012: uma resolução da Aneel que permite a quem tiver painéis solares em sua casa trocar energia com a rede – e, assim, economizar até 80% da conta de luz por mês, ao produzir a própria eletricidade durante o dia. A resolução, porém, não veio acompanhada de nenhuma outra medida, como uma campanha ou incentivos tributários (dados à indústria automobilística e aos combustíveis fósseis). O resultado é que, quase três anos depois, apenas 409 residências instalaram painéis solares em todo o país. Nos EUA, são 400 mil. A cada três minutos, uma nova instalação solar é feita.

Primeiro leilão para energia solar no país será em agosto
Somente em março deste ano, o Ministério de Minas e Energia publicou portaria 69/2015, determinando Leilão de Energia de reserva para o próximo dia 14 de agosto. A portaria publicada no Diário Oficial da União prevê que serão negociados empreendimentos de fonte solar fotovoltaica. Os contratos negociados serão na modalidade por quantidade de energia, com prazo de suprimento de energia elétrica em 1º de agosto de 2017.
Ainda de acordo com a portaria, a Agência Nacional de Energia Elétrica deverá organizar o edital do leilão. O contrato terá uma cláusula em que o vendedor que não tenha comercializado a totalidade da garantia física no certame vai se comprometer a não vender o restante da energia elétrica. Poderá haver antecipação da operação, desde que o sistema de transmissão ou de distribuição esteja disponível na data da antecipação.
O prazo para entrega de documentos vai até a próxima terça-feira, 14 de abril. Projetos com Custo Variável Unitário superior a zero, com potência final instalada inferior a 5 MW e que tenha sido comercializado energia em Leilões de Energia Nova, de Fontes Alternativas ou de Energia de Reserva não serão aceitos.

Fonte: Defato

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