quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Diretor de cinema muda versão e admite que realizou teste com atriz para filme

O camarim do teatro do Cuca Barra foi o local para dos testes (FOTO: Rubêns Venâncio)O suposto diretor de cinema que convidou atrizes cearenses para participarem do filme Barra do Ceará, que contaria com cenas de sexo e estupro, assumiu que
realizou teste com uma das atrizes. Em entrevista para matéria do Tribuna do Ceará que revelou o caso, publicada nesta quinta-feira (12), Raphael Fyah havia negado a realização do teste. Um grupo formado por cerca de 30 alunas de teatro de Fortaleza acusa que o procedimento, realizado no Cuca da Barra do Ceará, tratou-se na realidade de um caso de assédio sexual.

Na tarde desta quinta, Raphael assumiu que simulou a cena de sexo numa postagem em sua página do Facebook. Além disso, apagou a postagem que havia feito na segunda-feira (9), em que negava o fato.

Raphael fez uma carta aberta às atrizes que foram convidadas a participar do filme. No texto, ele pede desculpas pelo constrangimento causado e alega que não realizou o teste com todas as atrizes. Depois fez novas publicações afirmando que todos os esclarecimentos estão sendo prestados à atriz, ao Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Ceará (Sated), ao Cuca da Barra do Ceará e à Polícia Civil, que está investigando o caso após a denúncia das atrizes.

Filme seria “divisor de águas”

De acordo com a sinopse, o longa Barra do Ceará teria cenas mais violentas do que filmes como Cidade de Deus e Tropa de Elite, e com teor sexual que se aproximaria dos filmes Ninfomaníaca e Azul é a Cor Mais Quente. Escrito, produzido, dirigido e tendo Raphael também como protagonista, o filme pretende contar a história de um traficante de Fortaleza, chamado Fyah. A proposta foi vendida às atrizes como um “divisor de águas do cinema brasileiro”.

Para as cenas de teste, seriam duas situações: sexo e estupro. Na primeira, uma personagem chamada Gabi faria sexo com o traficante Fyah, em troca de drogas. Na segunda, a personagem Raquel seria estuprada pelo mesmo traficante, que praticava o ato como forma de pagamento por dívidas de drogas. As atrizes deveriam tirar a roupa e simular uma relação sexual com o suposto diretor.

O delegado Sidney Furtado, do 33º Distrito Policial, da Barra do Ceará, que acompanha o caso, informou que o verdadeiro nome do rapaz é Francisco Raphael da Costa Silva, e que é conhecido pela polícia como Dentinho. Ele já responde a cinco acusações por estelionato. Os golpes costumam ser contra empresas de turismo e de eventos. No caso do filme, cinco atrizes já formalizaram denúncia na delegacia.

Fonte: Tribuna do Ceará

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