domingo, janeiro 04, 2015

Líbio acusado de ataques contra embaixadas dos EUA morre em Nova York

Imagem de arquivo do FBI mostra LibbiO líbio Abu Anas al Libbi, suposto terrorista da Al Qaeda acusado de organizar os atentados de 1998 contra as embaixadas dos EUA no Quênia e Tanzânia, morreu na sexta-feira no hospital de Nova York para onde tinha sido transferido
desde a prisão por conta de problemas de saúde, informaram neste sábado seus familiares.

Al-Libbi, um líbio de 50 anos, morreu dias antes do início de seu julgamento em um tribunal de Nova York, afirmou seu filho, Abdel Mouin, à rede de televisão "CNN".

O suspeito, que em 2013 se declarou "inocente" de três acusações relacionadas com os atentados de 1998, sofria com uma grave hepatite C e tinha desenvolvido câncer de fígado desde que foi capturado em outubro de 2013 em sua casa de Trípoli (Líbia), segundo explicou Mouin em conversa telefônica desde essa cidade.

A família de Al-Libbi, cujo verdadeiro nome era Nazih al Raghie, considera que o governo dos EUA é "completamente responsável" por sua morte, assegurou Mouin.

O promotor federal americano Preet Bharara indicou em uma carta ao tribunal que Al-Libbi foi levado na quarta-feira desde a prisão a um hospital de Nova York, devido a "repentinas complicações derivadas de seus duráveis problemas médicos".

Segundo Bharara, a partir de então sua saúde se "deteriorou rapidamente" até sua morte na sexta-feira e ele esteve acompanhado por um imã no hospital.

Antes de ser capturado, Al-Libbi figurava na lista dos mais procurados nos Estados Unidos desde o ano 2000 e o FBI oferecia US$ 5 milhões por informações que levassem a sua localização.

Os Estados Unidos o acusava de ter tirado as fotografias da embaixada em Nairóbi que foram depois usadas para decidir onde deviam ser colocados os veículos carregados de explosivos nos atentados perpetrados em 7 de agosto de 1998 pela rede terrorista Al Qaeda contra as embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia.

O advogado de Al-Libbi, Bernard Kleinman, disse ao jornal "Washington Post" que seu cliente era inocente e tinha cortado seus laços com a Al Qaeda antes dos ataques de 1998, nos quais morreram 229 pessoas.

Um juiz federal de Manhattan tinha programado para o dia 12 de janeiro a seleção do júri para o julgamento de Al-Libbi e tinha negado a processá-lo separadamente dos outros dois acusados no caso dos atentados de 1998, apesar de seus problemas de saúde.

Os outros dois acusados, ambos extraditados desde o Reino Unido em 2012, são o saudita Khalid Al Fawaz e o egípcio Adel Abdel Bary, que se declarou culpado de acusações de terrorismo e enfrenta 25 anos em prisão.

Fonte: Uol

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