quinta-feira, janeiro 08, 2015

Contratações erradas explicam rombo do Santos depois de venda de Neymar

Montillo foi uma das contratações erradas do Santos após a venda de NeymarO Santos recebeu 17 milhões de euros da venda de Neymar, muito menos do que imaginava poder receber. Por pior que se julgue o
negócio, o dinheiro faz parte de uma conta que torna difícil explicar o rombo de R$ 120 milhões anunciado pelo presidente Modesto Roma em sua entrevista coletiva, dois dias atrás.

Do time campeão da Libertadores em 2011, o Santos vendeu Danilo (R$ 29 milhões), Alex Sandro (R$ 2,5 milhões por 15%), Ganso (R$ 24 milhões), Neymar (17 milhões de euros), Zé Love (2,7 milhões de euros). Do time anterior, campeão da Copa do Brasil em 2010, saíram Wesley (10 milhões de euros) e André (8 milhões de euros).

"Houve uma soberba muito grande", diz o presidente eleito em dezembro. O melhor exemplo é a recontratação de André. Por 25% dos direitos econômicos, o Santos pagou 2 milhões de euros para trazê-lo de volta, em 2012.

A vitória eleitoral de Modesto Roma, apoiado por Marcelo Teixeira, esconde a disputa que mudou a maneira de formar times em dois períodos distintos da gestão Luis Álvaro. No primeiro ano, sob o comando do diretor de futebol Fernando Silva, o clube apostava nas divisões de base e contratações pontuais. 

A base da equipe campeã da Copa do Brasil de 2010 tinha cinco formados em casa (Rafael, Wesley, Ganso, André e Neymar), quatro que já faziam parte do elenco no ano anterior (Pará, Edu Dracena e Léo) e três contratações a baixo custo (Marquinhos, Durval e Arouca). A exceção era Robinho. Pelo empréstimo, o Santos pagou 1,2 milhão de euros, em vez dos 6 milhões pretendidos pelo Manchester City.

A filosofia mudou em 2011, com Pedro Luiz Nunes Conceição na direção de futebol. Nesse período, o Santos contratou Elano por R$ 6,4 milhões e R$ 500 mil de salário, Montillo por R$ 26 milhões, Ibson por R$ 8,9 milhões, o volante Henrique por R$ 6,7 milhões.

Ao mesmo tempo, jogadores promovidos da base não tiveram o mesmo sucesso. Casos de Giva, Pedro Castro, Neílton, campeões da Copa São Paulo em 2013, ou Felipe Ânderson, autor de 12 gols em 59 partidas em três anos e hoje destaque do Campeonato Italiano pela Lazio. "Não é só isso. Se você observar a sede do Santos em São Paulo verá que houve muita soberba", diz Modesto Roma.

O novo presidente garante que não vai vender jogadores, apesar da dificuldade financeira: "Já vendemos quem tínhamos de vender. Agora, precisamos de um time forte para tentarmos nos recuperar", diz Roma.

Fonte: Uol

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