quarta-feira, dezembro 17, 2014

Serial killer nunca pagou aluguel e dona de imóvel joga seus pertences na rua

Móveis retirados da casa de Saílson. Foto: Divulgação Saílson José das Graças, o serial killer da baixada, dividia com a companheira Cleusa Balbina de Paula mais o amante dela, José
Messias, uma casa na rua Tomas Schwerter, na localidade de Corumbá, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Após o trio ser preso pela polícia, na última quarta-feira (10), o imóvel de dois quartos, sala, cozinha e banheiro, ficou vazio. A proprietária, que não quis se identificar, afirmou que não recebia o aluguel regularmente dos presos e a partir disso resolveu alugar a casa novamente.

“Diziam que iriam me pagar no dia 15, dia 20, todo mês tinha uma data diferente e eu não via a cor do meu dinheiro. A data não chegava nunca. Eles iriam me pagar dia 20 de dezembro, mas antes do dia 20 foram presos. E agora?”

Para desocupar o imóvel, a proprietária tentou algum contato com a família de Saílson, mas não obteve sucesso. Chamou um ex-marido de Cleusa para retirar os pertences dela da casa e como ele deixou muita coisa para trás, ela entendeu que era lixo e desocupou a residência.

“Eu coloquei as coisas deles pra fora. Ah… Eu fui à delegacia e nada, no fórum e nada. Daí pensei: “quer saber de uma coisa? Vou jogar essa lixaria fora”. E deu no que deu… Tudo fora! Eu ainda vou ter que pagar uma carroça  para levar isso daqui. Eu fiquei no prejuízo.”

A proprietária cobrava pelo imóvel o valor de R$ 300.

“O aluguel era de R$ 300 e não pagavam direito. Uma vez davam duzentos, outra vez davam cem. Só sei que Deus me deu um livramento. Eu não me metia com ele [Saílson]. Eu tenho idade, mas não sou maluca.”

Sailson José das Graças, afirma ter assassinado 43 pessoas, até agora, ao menos 11 vítimas foram identificadas no apoe ele deve responder por esses crimes segundo a polícia. Já sua companheira Cleusa Balbino e o amante dela, José Messias, foram acusados de envolvimento em parte dos homicídios.

“Saílson já foi preso outras vezes. Mas ele entra e sai da cadeia. Por isso eu tinha medo de forçar a barra para receber. Eu só não vivia com medo porque eu o tratava bem. Ele já levou um tiro na barriga, mas eu nem sei como ele arrumou isso.”

Os três viviam juntos no endereço e mantinham um triângulo amoroso que chamava a atenção dos vizinhos.

“Quando o Saílson veio morar com a Cleusa, eu me espantei porque ela já morava com seu Zé. Ela contou que o conhecia desde nova, que foram criados juntos e Saílson era seu ex-namorado. E ele foi ficando.”

Os novos locatários do imóvel são parentes da proprietária e optaram por não falar com a nossa reportagem.

Prisão preventiva

O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) decretou a prisão preventiva de Sailson José das Graças, de 26 anos, nesta terça-feira (16). Na mesma decisão, o juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, também decretou a prisão preventiva de Cleusa Balbina de Paula e José Messias, que supostamente pediriam para Sailson cometer assassinatos em troca de roupas e comida.

O serial killer da Baixada Fluminense foi preso em flagrante após a morte de uma mulher em Nova Iguaçu. Em depoimento à polícia, o suspeito disse que matava mulheres por prazer, mas também matava por encomenda. Ele afirmou que gostava de matar e estudava as vítimas antes de cometer os crimes.

O juiz Alexandre Guimarães afirma que “há gravíssimo risco à ordem pública se qualquer dos indiciados forem prematuramente soltos”. Ele também esclarece que o “clamor público” não serve de fundamento para a decretação da prisão, mas sim os elementos coletados na investigação.

11 vítimas identificadas

A Polícia Civil identificou mais três vítimas do serial killer da Baixada Fluminense, Sailson José das Graças. Uma das vítimas é uma adolescente de 17 anos, que foi estrangulada após ter a casa invadida pelo homem. Segundo a menor de idade, ele tentou enforcá-la três vezes durante uma hora.

“Ele disse que ia me matar porque ele gostava de matar mulheres que ele achava aparentemente bonitas. Ele disse que já me observava há bastante tempo. Ele disse que de 100%, 99% de chances era de ele me matar e 1% de eu sobreviver.”

Segundo Machado, os depoimentos foram cruzados e as histórias apresentadas pela vítima e pelo suspeito se confirmam. Entre as vítimas identificadas, estão uma mãe e um filho, que teriam sobrevivido após os familiares terem ouvido os gritos.

Fonte: R7

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