quarta-feira, dezembro 17, 2014

Lucro de agricultores seria maior sem os atravessadores

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Um dos assentamentos do Eldorado dos Carajás, antiga Maisa, o Oziel Alves é um grande produtor de melão na região. Por dia, oito caminhões saem carregados com a
fruta para as Centrais de Abastecimento do Estado do Ceará (CEASA/CE), em Fortaleza.
Mas, um dos problemas que os agricultores sofrem diz respeito aos atravessadores. O agricultor Lázaro Pedro da Mota explica que o lucro dos agricultores deveria ser maior se os poderes dos atravessadores fossem diminuídos.
“Em certas ocasiões, temos um lucro próximo de R$ 2 mil, mas, se a gente conseguisse vender o produto diretamente às empresas, nosso lucro duplicaria, chegando a R$ 4 mil”, afirmou.
Uma das possibilidades do aumento do lucro desses produtores seria a criação de uma cooperativa em que todos unidos conseguiriam vender o produto por um preço maior. Lázaro Pedro explicou que os agricultores até tentaram criar uma cooperativa, mas o projeto não saiu do papel.
“Já tentamos criar uma cooperativa aqui no assentamento, mas não chegamos a um acordo. Eu espero que desta vez possamos conseguir e comercializar o nosso produto por um preço melhor”.
A agricultora Antônia Diana da Silva também aponta o preço baixo como um fator de preocupação para os demais agricultores do assentamento. “Tem época do ano que conseguimos vender a nossa mercadoria por um preço que dar para tirar o nosso lucro, mas em outras oportunidades o lucro não dá nem para suprir os custos”.
Além do melão, que responde por 70% da produção e comercialização, agricultores do assentamento Oziel Alves e áreas próximas ainda produzem banana, mamão, melancia, maracujá, acerola, uva, entre outros cultivos. O maior mercado consumidor das frutas produzidas no assentamento é Fortaleza. Os mercados de Mossoró, Natal e João Pessoa também comercializam o produto.

Alta qualidade reconhecida
Um sistema chamado “Packing House”, que beneficia, higieniza, embala e classifica o melão é o diferencial de nove famílias do assentamento que se juntaram e exportam o produto para a Europa.
Esse processo faz que o melão tenha uma aceitação maior em países europeus, que são muito exigentes, relata o engenheiro agrônomo e técnico responsável do RN Sustentável, Fábio Souza.
Ele explica que a técnica deixa o melão com mais açúcar e o valor agregado do produto é valorizado pelos países que recebem a mercadoria.
“Esse melão que sai da Packing House é de primeira e é exportado em sua totalidade para a Europa. Para se ter uma ideia, o preço médio de um quilo do produto na Europa chega a R$ 30,00, enquanto que se fosse vendido por aqui, não passaria de R$ 6,00”.
A Associação Comunitária Terra Prometida possui 132 associados, sendo que 34 famílias desenvolvem a fruticultura irrigada, com o envolvimento de 25 mulheres e 30 jovens. Produzem em lotes de 9,9 hectares, possuindo 32 poços tubulares em atividade.
O Projeto Piloto prevê a definição dos investimentos a partir da elaboração participativa do Plano de Negócio, com intervenções para as etapas de produção, beneficiamento e comercialização.

Fonte: Defato

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