terça-feira, janeiro 28, 2014

PSDB pede à PGR e à Comissão de Ética apuração sobre viagem de Dilma

 Blog Cidade News Itaú
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), informou que o partido protocolou nesta terça-feira (28), na Procuradoria-Geral da República
(PGR) e na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, pedidos de investigação da escala da presidente Dilma Rousseff e de sua comitiva em Portugal, no último sábado (25). O partido quer que o Ministério Público peça o ressarcimento dos gastos presidenciais com hospedagem durante a passagem pelo país ibérico.
Nesta segunda (27), o PPS já havia solicitado que a PGR abrisse inquérito civil para apurar se houve irregularidade nos gastos da comitiva em Lisboa. O G1 entrou em contato com a assessoria da Presidência da República, mas até a última atualização desta reportagem não havia obtido retorno.
Após participar do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, Dilma e sua equipe fizeram uma parada em Lisboa antes de seguirem viagem para Cuba, onde a chefe do Executivo realiza visita oficial nesta segunda (27) e terça-feira. Ela participa, ao lado de outros presidentes, da 2ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
A escala na capital portuguesa não estava prevista na agenda presidencial e, segundo o governo federal, ocorreu porque o avião da Presidência não tinha autonomia suficiente para percorrer a viagem de Zurique, na Suíça, até Havana, em Cuba.

No documento protocolado na PGR, o PSDB pede investigação por suposto ato de improbidade devido à “hospedagem injustificada” em Lisboa.
“Nós representamos na PGR visando o ressarcimento do gasto desnecessário havido na hospedagem da presidente Dilma e sua comitiva em Lisboa. Não há o menor sentido nesse gasto, porque não havia agenda oficial e nenhum interesse público justifica o que aconteceu”, enfatizou Carlos Sampaio.
Além da presidente, o documento protocolado pelo PSDB pede a investigação de outros quatro ministros de estado, um assessor da Presidência e o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito. O partido oposicionista alega ser necessário apurar a eventual prática de crime contra a administração pública nos gastos com hospedagem e alimentação e de falsidade ideológica, devido a informações que teriam sido erroneamente dadas pelo governo ao justificar a viagem.
Contradição
No domingo, depois de a viagem ter sido noticiada pela imprensa, o Palácio do Planalto divulgou alteração da agenda presidencial, incluindo a estadia em Portugal. No dia seguinte, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, disse que não houve informação prévia sobre a escala em Lisboa porque a decisão só foi tomada no dia da partida.
Reportagem publicada nesta terça pelo jornal “O Estado de S.Paulo” contradiz a versão do governo federal ao afirmar que o governo português havia sido informado da parada da comitiva no país na última quinta-feira (23).

Durante a estadia em Lisboa, Dilma e sua comitiva ocuparam 30 quartos de dois dos mais caros hotéis da cidade, o Ritz e o Tivoli. A presidente se hospedou em uma suíte presidencial do Ritz, ao custo de 8 mil euros por dia, o equivalente a R$ 26,2 mil.
Os ministros citados no documento são Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores), Helena Chagas (Secretaria de Comunicação) e José Elito Siqueira (Gabinete de Segurança Institucional). Também foram incluídos na representação tucana o comandante da Aeronáutica e o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
Comissão de Ética
Na Comissão de Ética Pública da Presidência, o PSDB pede que sejam avaliados os procedimentos tomados pela comitiva presidencial em Lisboa. Para o partido, a hospedagem e alimentação da comitiva em estabelecimentos de luxo revelam infração do Código de Conduta da Alta Administração Federal, que estabelece “regras éticas de conduta das autoridades da alta administração pública”.

Reprodução Cidade News Itaú

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