sexta-feira, janeiro 17, 2014

Polícia encontra revólver em cela de Pedrinhas após policiais serem recebidos a tiros durante motim

Dois policiais da Força Nacional de Segurança foram recebidos a tiros dentro da CCPJ (Central de Custódia de Presos de Justiça), localizada no
Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, na noite de quinta-feira (16), durante a contenção de um motim feito por presos do Bloco A.

De acordo com Sindspem (Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão), após os disparos a polícia apreendeu um revólver calibre 38, 16 munições intactas e 10 cápsulas de balas deflagradas.

Durante a revista nas celas ainda foram apreendidas cinco facas, quatro chuços, três serras e três chips de celular.

Os policiais que sofreram a tentativa de homicídio foram: Alessandro Borges de Deus e Márcio da Rosa.

O Sindspem informou que os policiais registraram um boletim de ocorrência no Plantão Central da Vila Embratel, em São Luís. 

O UOL tentou, na manhã desta sexta-feira (17), por diversas vezes obter o posicionamento do governo do Estado sobre o atentado contra dos policiais e a apreensão da arma, mas até a publicação deste texto não obteve resposta.

No dia 23 de outubro do ano passado agentes penitenciários encontraram uma bola de futebol recheada com um revólver calibre 38, que foi jogada por cima do muro da CCPJ. O revólver estava com munição.


A bola foi jogada por cima do muro na hora do banho de sol dos internos do CCPJ e ficou presa na tela da quadra a qual os presos estavam.
Tumultos
Na quinta-feira, foram registrados dois inícios de motim causados por presos do CCPJ.

No início da tarde, presos do Bloco A começaram a bater nas celas e acabaram quebrando pelo menos seis grades. O tumulto foi contido pela PM e Força Nacional e do Geop (Grupo Especial de Operações Penitenciárias).

Os presos estavam se recusando a receber a alimentação oferecida pela unidade prisional desde a última segunda-feira (13) para pressionar o governo do Estado a retirar a Tropa de Choque da PM (Polícia Militar) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Os internos de Pedrinhas querem que haja afrouxamento nos procedimentos se segurança e nas revistas.

Em 2013, o complexo de Pedrinhas registrou 60 assassinatos de presos. Um relatório do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) mostrou que o domínio de facções criminosas que agem dentro dos presídios maranhenses deixam as unidades prisionais "extremamente violentas", causando diversos assassinatos e estupros, e acabam comprometendo a segurança do local.

Após a inspeção do CNJ, o governo do Estado determinou que a PM assumisse a segurança dos seis presídios que compõem o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no dia 27 de dezembro.

Os presos envolvidos nos atentados contra os policiais são integrantes de facções criminosas.

Segundo a Sejap (Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária), os presos que se rebelaram estão envolvidos nos ataques a quatro ônibus ocorridos no último dia 3, em São Luís, quando cinco pessoas ficaram feridas pelo fogo ateado em um dos veículos, que estava circulando pelo bairro Vila Sarney, em São José de Ribamar (região metropolitana de São Luís).

Uma menina de seis anos morreu, após ter 95% do corpo queimado. Três pessoas continuam internadas, duas em estado grave.

Reprodução Cidade News Itaú

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