quinta-feira, janeiro 16, 2014

Polícia de SP diz acreditar que jovem gay tenha cometido suicídio

 Blog Cidade News ItaúA Polícia Civil de São Paulo disse que, por ora, não há indícios de que o adolescente encontrado morto no último sábado (11), na região da
República (centro), tenha sido assassinado como suspeitam familiares e amigos.

Kaique Augusto Batista dos Santos, 16, foi encontrado morto embaixo do viaduto da avenida Nove de Julho, região central, por volta das 4h20 de sábado.

Santos estava com o rosto desfigurado. Segundo familiares, que reconheceram o corpo na terça-feira, ele estava sem dentes na boca e tinha sido ferido por uma barra de ferro que teria atravessado sua perna. A família acredita que ele foi espancado por ser homossexual.

De acordo com a polícia, a possibilidade de homicídio é investigada, mas até agora as evidências não indicam essa hipótese. Os ferimentos, segundo peritos ouvidos pela Folha, podem ter sido causados pelo impacto da queda.

Os médicos que analisaram o corpo acreditam que ele ficou praticamente irreconhecível por ter batido o rosto diretamente no chão, o que explicaria, segundo essa versão, os dentes quebrados.

Os peritos desconhecem a versão sobre barra de ferro transfixada ao corpo. Eles descrevem uma fratura exposta do fêmur, próximo ao joelho.

Além dos ferimentos pela queda, a polícia acredita que o corpo pode ter se deteriorado devido à demora de três dias no reconhecimento pela família.

De acordo com a Polícia Civil, a Polícia Militar foi acionada para atender a um chamado de um rapaz que se atirou do viaduto da av. Nove Julho.

O delegado que esteve no local, Rafael Francisco de Moraes, diz que não detectou nenhum indício que pudesse contrariar essa informação.

A Polícia Civil registrou o caso com suicídio. Os laudos periciais, ainda sem prazo para serem concluídos, vão ajudar a esclarecer o caso, diz o delegado.

A causa da morte foi traumatismo encefálico e hemorragia interna. Os policiais buscam imagens de prédios da região e vão também ouvir os familiares do jovem.

Querem saber se houve um possível ataque ao rapaz, por alguma questão homofóbica, mas até agora essa versão não apareceu.

Na versão dos amigos de Kaique, o jovem foi visto pela última vez em uma festa destinada ao público gay na República.

Dentro da boate, ele teria dito a amigos que havia perdido a carteira e o celular. O grupo se separou para procurar os objetos, e Kaique não foi mais visto. 

Reprodução Cidade News Itaú

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