Altas temperaturas aliadas a pancadas de chuvas aumentam casos de doenças respiratórias

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) registram aumento no número de atendimentos a doenças respiratórias no verão. Além da

conhecida virose, causada pela circulação de vírus, crises de rinite e asma também ocorrem com maior frequência neste período.

"Os casos de virose já aumentaram cerca de 40% de novembro pra cá. A maioria, de dezembro de 2013 a janeiro de 2014, foi para a chamada 'virose intestinal', que causa diarreia e vômito", declara a coordenadora do setor de epidemiologia da UPA do bairro Alto de São Manoel, Dorisvânia Soares Sarmento.

Dorisvânia salienta que, diferentemente do que muitos pensam, a maior fonte de contaminação por vírus são os alimentos, e que é preciso tomar cuidado com o manejo destes no verão.

"Nas férias as pessoas modificam a rotina e acabam diminuindo os cuidados com a alimentação, principalmente com a conservação da comida. Em épocas assim, quentes, o tempo máximo que os alimentos prontos devem ficar fora da geladeira é de duas horas, para evitar a proliferação de vírus, fungos e bactérias", orienta. 

Outro alerta da coordenadora é em relação à volta às aulas antecipada, fato que aumentará as chances de circulação de vírus causadores de viroses entre as crianças, sendo preciso que os pais redobrem certos cuidados.

"É muito importante oferecer constantemente líquidos naturais como água, sucos e água de coco às crianças e idosos para hidratar. Além de evitar que elas se exponham ao chamado 'mormaço', quando chove e fica o ar quente na rua", diz a coordenadora.

Outro fator de preocupação é o fato de as crianças muitas vezes não saberem expressar sintomas. Frente a esta dificuldade, Dorisvânia Sarmento recomenda aos pais ficarem atentos a sintomas como febre, vômito, diarreia e indisposição nas crianças.

"Criança é sinônimo de energia. Quando o responsável a vir quietinha num canto já deve ficar alerta. É bom também se prevenir e pegar nos postos de saúde nos bairros sachês de soro fisiológico. Dá pra evitar quadros graves de virose com medidas simples".

Além de crianças e idosos, as recomendações da coordenadora do setor de epidemiologia se estendem também à população em geral, principalmente às pessoas asmáticas e com rinite, diretamente afetadas pela composição do ar, e que costumam ter crises mais frequentes e fortes nesta época do ano.

Reprodução Cidade News Itaú