domingo, outubro 06, 2013

Brasil retira 3,5 milhões de pessoas da pobreza

Os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2012 (PNAD) mostram uma grande evolução em indicadores sociais brasileiros. A análise de alguns deles está detalhada no comunicado 159 do Ipea, intitulado Duas décadas de desigualdade e pobreza no Brasil medidas pela Pnad/IBGE. A pesquisa revela que a população extremamente pobre (renda familiar per capita de até R$ 75,00) caiu de 7,6 milhões de pessoas para 6,5 milhões. Já a população pobre (até R$ 150,00) foi reduzida de 19,1 milhões para 15,7 milhões.
Desde 2005, que o município de Messias Targino pode ser visto como exemplo real dessas mudanças. São atendidas por programas sociais do Governo Federal em parceria com a Prefeitura, que vêm mudando a situação das famílias. A localidade rural de Logradorzinho é um exemplo dessa nova realidade. O agricultor Torquato Teixeira de Lira, que antes não acreditava que sua vida poderia mudar a partir da organização, hoje vive uma nova realidade.
Torquato Teixeira cria bovinos e ovinos, tem acessado os programas do Compra Direta, Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Compra Simultânea da Conab, onde tem sua produção comercializada. Ele ainda comercializa todos os domingos na feira a agricultura familiar. “Nossa realidade mudou muito com esses programas”, destaca ele. Outro que também mudou de vida foi Giovani Soares de Paiva, 46, que trocou a vida de subsistência como lenhador para ser o “Rei do Pastel” em Messias Targino, no interior potiguar. Com a mulher, Lena, 45, e o filho Juan Gustavo, 19, montou uma barraca em frente a sua casa. A família já faz a conta de como é viver sem ajuda dos cerca de R$ 70,090 mensais que recebiam do Bolsa Família. Logo que começou seu negócio, a família devolveu o cartão do benefício.
Dona Lena ajuda a fechar o orçamento fazendo faxina na casa de quem precisa - R$ 10,00 a R$ 20,00, dependendo de quem pagará a conta.
A massa é comprada pronta, de um revendedor de Caicó, cidade próxima, e o produto é frito na hora. São 1.200 pastéis vendidos por semana a R$ 0,75, cada um. “Com o óleo da fritura, faço sabão para o consumo da família e não poluo o ambiente”, informa.

Programas sociais garantem mudanças
A jovem Francivania de Andrade Garcia começou a trabalhar com cabelos depois que fez um curso do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Ela conta que foi no mandato da ex-prefeita Shirley Targino, no ano de 2005, que participou do programa Agente Jovem e do Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil (PETI), ambos do Governo Federal, oportunidade em que fez um curso de beleza e estética. “Com isso, pude me aperfeiçoar um pouco com escovas e chapinhas, comecei a fazer em minha residência e depois em domicílio. Com os certificados em mãos, pude adquirir mais conhecimentos sobre química, entre outros”, relembra  Francivania. Já, neste ano, ela foi convocada a ministrar um curso de beleza e estética no município, através do prefeito Artur Targino (PMDB), programa do Governo Federal Projovem trabalhador, onde ensinava a jovens de 18 a 29 anos. “Hoje, tenho o meu próprio salão que, mesmo simples, é aconchegante aos meus clientes”, destaca.
A doméstica Neide Teixeira de Queiroz Almeida, que reside em Marcelino Vieira, diz que por muito tempo o Bolsa-Família era um das principais fontes de renda da família. “Agora que conseguimos a aposentadoria como agricultora, resolvemos devolver o cartão, para que outra família possa ser beneficiada”, acrescenta.

Reprodução Cidade News Itaú

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