quarta-feira, outubro 16, 2013

Balanço mostra mais de 3,5 mil casos de Aids no Rio Grande do Norte


A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), através do Programa DST/Aids e Hepatites Virais, divulga o Boletim Epidemiológico DST/Aids e Hepatites Virais do Estado, contendo os mais recentes dados da epidemia de Aids, sífilis e hepatites virais. A novidade da edição deste ano é a divulgação das primeiras informações sobre sífilis adquirida e a síndrome do corrimento uretral, que passaram a ser notificadas a partir de 2011 pela Sesap.
No período de 2000 a 2012 foram registrados 3.594 casos de Aids em adultos no Rio Grande do Norte. Destes casos, 67% corresponderam ao sexo masculino e 33% ao sexo feminino, o que revela uma razão média de dois homens infectados para uma mulher. Os dados mostram ainda que há uma tendência de crescimento nos homens e estabilização nas mulheres, já que a razão entre os sexos era de 1,5 homem para uma mulher em 2000, passando para 2,5 homens para uma mulher em 2012. 
Na distribuição por faixa etária, a maior freqüência é dos adultos de 30 a 39 anos (36%), seguida da faixa de 40 a 49 anos (25%). Com relação às Regiões de Saúde, a incidência maior é na 7ª região (metropolitana). Outro destaque refere-se às gestantes com HIV, que, no período de 2007 a 2012, totalizaram 287 notificações, estando mais da metade (52%) concentradas na região metropolitana.
De acordo com o Programa DST/Aids e Hepatites Virais, a assistência pré-natal é um momento importante para diminuir a transmissão do HIV de mãe para filho, através da adoção do diagnóstico e adoção de medidas profiláticas. Para isso, a Sesap tem investido na capacitação de profissionais de saúde, para realização do teste rápido para HIV e sífilis na Atenção Básica.
De fevereiro de 2012 a agosto de 2013, 403 profissionais foram capacitados para realização do teste, possibilitando a 97 municípios do Estado passarão a oferecer esse teste durante o pré-natal, através do Sistema Único de Saúde (SUS).
A sífilis é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível, que também pode ser transmitida da mãe para o feto, por transfusão de sangue ou por contato direto com sangue contaminado.
Segundo dados do Boletim Epidemiológico, no RN, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2012, foram notificados 399 casos de sífilis adquirida (132 em 2011 e 267 em 2012), dos quais 56% ocorreram em mulheres e 44% em homens. A faixa etária na qual predominou foi a de 20 a 29 anos. Além disso, o documento chama a atenção para o número de casos notificados em pessoas acima de 60 anos, as quais representam 10% do total.
Para Sônia Cristina Lins, responsável técnica pelo Programa Estadual DST/Aids e Hepatites Virais, “os dados divulgados da sífilis adquirida ainda são insipientes, pois as primeiras notificações foram registradas em 2011 e vários setores da rede de saúde ainda não despertaram para a importância da notificação deste agravo”.
Já quanto à sífilis em gestante, no período de 2007 a 2012 foram notificados 1.019 casos, dos quais 49% (502 notificações) estão concentrados na região metropolitana. Outro dado de destaque foi a predominância dos casos na faixa etária de 20 a 29 anos, que reúne 54% das notificações. Para a sífilis congênita, foram notificados 1.309 casos no período de 2007 a 2012.
No RN, entre os anos de 2005 a 2012, foram notificados 3.467 casos de hepatites, sendo 2653 (76,5%) casos confirmados de hepatite A, 348 (10%) de hepatite B e 466 da Hepatite C (13,5%). As crianças menores de 14 anos representam o grupo mais acometido pela hepatite A. Enquanto que a hepatite B atinge mais os adultos de 20 a 49 anos. Já quanto à hepatite C, os dados mostram um crescimento da frequência do número de casos em pessoas na faixa etária de 50 a 59 anos, responsável por 43% do total de casos da doença.
As fontes para obtenção de dados utilizadas pela Sesap para produção do documento que servirá de norteador para o enfrentamento destes agravos são: o Sistema de Informação de Agravos Notificáveis (Sinan), o Sistema de Mortalidade (SIM) e o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom), além dos registros de entrega de Fórmula Infantil para crianças expostas ao HIV.

Reprodução Cidade News Itaú

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