quarta-feira, setembro 25, 2013

Menino que desceu rua de velocípede será encaminhado a abrigo no Rio


O Ministério Público estadual informou nesta quarta-feira (25) que o menor flagrado andando de velocípede na descida do Elevado Paulo de Frontin, na Cidade Nova, no Centro do Rio, foi retirado da guarda da mãe, já que estava vivendo em situação de risco. Ele será encaminhado para um abrigo e depois para uma família substituta, como informou o RJTV.
Na terça-feira (24), a mãe procurou o Conselho Tutelar com dois filhos, entre eles o menino que desceu o Elevado no velocípede.
“O Conselho Tutelar foi com os meninos até a Vara da Infância e da Juventude e lá determinou-se o acolhimento institucional de ambos. Neste momento, eles estão acolhidos institucionalmente. Essa ação vai continuar em tramitação, espera-se que seja proferida a sentença para ele ser colocado com a família substituta”, disse a promotora Cristiane Campos da Paz.
O Ministério Público informou que o menor já tinha ficado num abrigo durante um ano, mas fugiu e que a Justiça já havia decretado um mandado de busca e apreensão, porque a criança vivia em situação de abandono, correndo risco nas ruas.
A descida arriscada da criança de 9 anos chamou a atenção para o abandono do menino e dos dois irmãos, encontrados pela equipe do RJTV perambulando pelas ruas da Cidade Nova, na tarde de sexta-feira

A mãe do menino e mais dois filhos viviam num dos quartos, improvisados num conjunto de casas antigas, em péssimo estado de conservação, na Avenida Presidente Vargas, no Centro, Vizinhos disseram que desde sexta-feira (20) - quando a reportagem foi exibida no RJTV - a família não apareceu mais no local.
O casarão fica perto da Prefeitura do Rio e do Juizado da Infância e da Juventude.
Vinte famílias vivem no casarão e há muitas crianças. Existe apenas um banheiro que é dividido por todos.
Gustavo, de apenas 1 ano, tem a alegria no rosto de quem ainda não percebe as dificuldades do improviso e da dificuldade. No segundo andar do casarão e mesmo durante o dia, não é possível ver nada nos cômodos, pois não há janelas.
Os moradores disseram que algumas famílias pagam aluguel, que varia de R$ 100 a R$ 300, pelos quartinhos improvisados. Segundo os inquilinos, as pessoas que se dizem donas desses cômodos são ex-moradores do local.
Ainda de acordo com quem vive no casarão, na terça-feira, pela primeira vez, funcionários da prefeitura estiveram no local.
Segundo os moradores, a Secretaria de Assistência Social vai fazer um cadastro para encaminhá-los a projetos sociais da prefeitura como aluguel social, por exemplo.
O vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Social Adilson Pires disse que a prefeitura já cadastrou boa parte das famílias que vivem no casarão, em outras ocasiões. Inclusive, a mãe do menino, segundo Pires, é beneficiária de programas da prefeitura.
“É uma unidade de moradia precária, mas as pessoas vivem ali há muito tempo. Pagam inclusive aluguel. A prefeitura esteve lá na terça, cadastrou todos eles e vamos encaminhá-los para o programa de moradia Minha Casa Minha Vida”, disse Pires.
O vice-prefeito destacou ainda que o menino está com o Conselho Tutelar e que aguarda a expedição de um mandado pelo Juizado de Menores para que prefeitura possa abrigá-lo. Quanto aos benefícios que a mãe do menino deixou de receber, Pires disse que é para continuar sendo beneficiada, os filhos têm de frequentar a escola. A mãe, segundo o secretário, informou à secretaria que dois filhos deixaram de ir à escola porque estavam com a avó em Minas Gerais.

Reprodução Cidade News Itaú

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!