segunda-feira, julho 22, 2013

PM diz que agiu em legítima defesa ao matar açougueiro em Caicó, RN

Segundo a própria polícia, açougueiro foi morto com um tiro na cabeça (Foto: Sidney Silva)O cabo da Polícia Militar suspeito de matar um açougueiro em Caicó, na região Seridó do Rio Grande do Norte, admitiu o crime e afirmou ter agido em legítima defesa na manhã do último domingo (21). O policial prestou depoimento nesta segunda-feira (22) na delegacia da cidade após se apresentar com o advogado. Embora tenha confessado, o suspeito não trouxe a arma do crime. De acordo com o delegado Igor Lopes, o PM informou que perdeu a arma depois da confusão com o açougueiro.

No relato ouvido pelo delegado Igor Lopes, o policial militar disse que chegou à feira para comprar mercadorias e foi abordado pelo açougueiro, com quem já havia tido desentendimentos. "O PM contou que já prendeu ele em algumas ocasiões e o açougueiro não teria gostado", diz o titular da Delegacia de Caicó.

No dia do crime o policial afirmou ter sido atacado pelas costas. "Segundo o policial, a briga foi apartada e depois o açougueiro foi tirar satisfação. O comerciante teria feito menção de sacar uma arma e o PM atirou", acrescenta. O disparo acertou a cabeça da vítima, que morreu na hora. O policial relatou que perdeu a arma. "Ele disse que foi tomar banho em um rio da região, escureceu e acabou perdendo a arma", informa Lopes.

Mesmo com o depoimento do policial, o delegado conversou com o advogado do suspeito para que a arma fosse apresentada. "Não achei convincente o relato", afirma. De acordo com Igor Lopes, estão previstos os depoimentos de quatro testemunhas. O policial fez o exame de corpo delito e foi liberado após o depoimento.

PM responde por agressões
O major Walmary Costa, comandante da PM na região, informou que o soldado não poderia sequer estar armado. “Ele só não está na reserva porque responde a vários processos , inclusive alguns por agressões. E quem responde na Justiça não pode portar arma de fogo”, afirmou.
Familiares de José Leandro afirmaram à polícia que o cabo, no ano passado, teria agredido o açougueiro pelo menos três vezes. A mulher da vítima também contou que está grávida.

Reprodução Cidade News Itaú

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