O Boeing 777 da companhia aérea Aisiana Airlines, que bateu neste sábado (6), ao tentar pousar no aeroporto internacional de San Francisco (EUA), vindo de Seul (Coreia do Sul), não apresentava problemas técnicos e tinha pelo menos sete anos de uso.
A informação foi dada neste domingo (7), por executivos da empresa, que disseram não acreditar em falha mecânica no acidente, durante uma coletiva de imprensa em Seul.
"Compramos o avião em 2006 e, até onde sabemos, não havia nenhum problema de motor ou mecânico", declarou Lyon Yungay-Door, executivo da empresa.
A companhia aérea, por meio de seus representantes, também refutou a hipótese de ter havido erro por parte dos pilotos do Boeing, afirmando que os três capitães são profissionais altamente treinados, com mais de 10 mil horas de voo, no caso de um deles.
Mais cedo, o FBI (a polícia federal norte-americana) assumiu as investigações do acidente e descartou a hipótese de terrorismo.
"Não há nenhum sinal de terrorismo. Estamos trabalhando em proximidade com o NTSB (National Transportation Safety Board, órgão independente que investiga acidentes nos EUA)", disse o agente David Johnson, do FBI.
Neste domingo (7), tanto o governo sul-coreano quanto a empresa vão enviar equipes a San Francisco para investigar o acidente do voo.
Está previsto que equipes da Junta Nacional para Segurança no Transporte (NTSB, na sigla em inglês) dos EUA --que já deslocou pessoal para San Francisco-- do Ministério de Transporte sul-coreano, da Asiana, e do construtor Boeing façam uma investigação conjunta sobre o acidente, disse o porta-voz.
Vítimas eram adolescentes chinesas
Ainda de acordo com a Aisiana Airlines, as vítimas do acidente são duas adolescentes chinesas que estavam sentadas na parte de trás do aparelho.
O avião viajava com 307 pessoas a bordo. Pelo menos 181 ficaram feridos, dos quais 49 em estado grave. Uma pessoa está desaparecida.
Segundo a emissora local "KTVU", 34 feridos estão internados no hospital geral de San Francisco, dos quais 23 são adultos e 11 crianças. Cinco deles estão em estado considerado crítico.
De acordo com a agência oficial Xinhua, 70 dos 141 chineses que estavam a bordo são estudantes e professores das províncias orientais de Shanxi e Zhejiang, que viajavam aos Estados Unidos para participar de um acampamento de verão.
As autoridades chinesas, citadas pela agência, confirmaram também que, salvo dois estudantes de que se desconhece o estado, os outros estão bem e puderam se comunicar com seus familiares.
Os trinta estudantes e cinco professores procedentes de Shanxi participavam de um intercâmbio da Escola de Línguas Estrangeiras de Taiyuan, nessa província, e todos saíram ilesos do acidente.
Outros 35 integravam um grupo de um colégio de ensino médio da cidade de Jiangshan, em Zhejiang, do qual se desconhece o estado de dois dos estudantes.
Por enquanto, não se sabe a procedência exata dos outros 71 chineses que iam no avião, dois dos quais morreram.
Reprodução Cidade News Itaú
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