O programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou em matéria especial os detalhes da "Operação Máscara Negra", deflagrada na última terça-feira (9) pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, onde investiga contratações fraudulentas de bandas musicais e eventos nos municípios de Macau e Guamaré.
O destaque ficou por conta do empresário Rogério Medeiros Cabral Júnior, preso na operação, que detalhou ao MP como funcionava o suposto esquema de superfaturamento na contratação de shows artísticos.
De acordo com o depoimento do empresário, prestado ao promotor público Maranto Filgueira Rodrigues, ele admitiu que emitiu notas fiscais acima do preço pago pela Prefeitura de Guamaré no carnaval do ano passado.
"Eu ganhei o que honestamente me faz de direito. Eu até errei por ter sido conivente com a situação, mas esse dinheiro não era meu. Vamos supor um exemplo de uma nota emitida de R$ 140 mil e que eu tenha contratado a banda por R$ 70 mil e que eu tenha vendido à Prefeitura por R$ 80 mil. Eu pegava o dinheiro, tirava os R$ 80 mil - R$ 70 mil da banda e R$ 10 mil meu - e devolvia o restante", relatou Rogério Júnior.
O empresário foi solto dois dias após ser preso. O alvará de soltura foi expedido pela juíza de Macau, Cristiany Vasconcelos. Segundo o MP, Guamaré investiu R$ 2,5 milhões no carnaval 2012, o que representa 71,5% da receita do FPM, até o mês de julho (R$ 3,5 milhões). Ou ainda, 95,4% dos royalties recebidos no mês de fevereiro de 2012 (R$ 2,6 milhões). Foram contratadas 17 bandas.
Na tarde da última sexta-feira, a juíza Cristiany Vasconcelos prorrogou a prisão temporária de outros 12 acusados, que também haviam sido presos na deflagração da "Mascara Negra".
Reprodução Cidade News Itaú
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