Três horas de terror: Assaltantes fazem quatro reféns em depósito de carvão

Dupla se entregou após polícia cumprir exigências. Armas estavam sem munição. Crime chamou atenção da vizinhança, que acompanhou o trabalho policial. Foto: José Aldenir

Mais um caso de assalto e perseguição policial resultou em cárcere privado na grande Natal. Por volta das 10h da manhã desta quarta-feira (6), dois homens fizeram quatro pessoas como reféns em um depósito de carvão vegetal no bairro de Monte Castelo, em Parnamirim, nas proximidades do Parque Aristófanes Fernandes.

Os criminosos entraram no local, que fica por trás do posto de gasolina Chianca, na BR-101, durante uma perseguição policial, após roubarem um carro em Morro Branco e serem surpreendidos por uma viatura do Polícia Militar. Após três horas de negociações, os reféns foram liberados e os criminosos conduzidos à 1ª Delegacia de Parnamirim, onde serão autuados.

Armados com revólveres de calibre 38, os bandidos fizeram diversas exigências, incluindo a presença da imprensa, familiares e advogados, além de coletes à prova de balas como condição para se entregarem.  A negociação, segundo o comandante do policiamento em Parnamirim e responsável pela operação, coronel Jair Júnior, foi considerada pacífica.

“Quando os criminosos fazem reféns, acreditam que é uma forma de garantir a  própria vida. Mas o objetivo da Polícia não é matar ninguém e sim para resolver essa situação, respeitando os direitos humanos, e garantindo que os inocentes não sofram demais conseqüências”, disse o coronel Jair Júnior.

Moradores relataram que assassinos chegaram em carro preto, entraram na residência e mataram as quatro pessoas. Foto: José Aldenir

No Rio Grande do Norte, este já é o terceiro caso de perseguição policial que resulta em vítimas feitas de refém em menos de duas semanas. O primeiro foi em Nova Parnamirim, no dia 21 de fevereiro, quando bandidos fizeram uma mulher refém após tentarem assaltar uma academia. No início deste mês de março, outro caso envolvendo refém chamou a atenção da mídia, com uma mulher sendo feita refém por mais de 25 horas, em São Gonçalo do Amarante.

Reprodução Cidade News Itaú