quarta-feira, março 06, 2013

Ongs de Pau dos Ferros estão impedidas de firmar convênio


As Organizações Não-Governamentais (ONGS) do município de Pau dos Ferros, Associação Hospital Centenário de Pau dos Ferros e Liga de Assistência Social de Pau dos Ferros, estão na lista divulgada hoje pela Controladoria-Geral da União (CGU), que acaba de incluir mais 621 organizações no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (CEPIM). As entidades presentes na lista não poderão firmar novos convênios com o governo federal. Com isso, sobe para 2.395 o número de entidades proibidas de firmar novos convênios com o governo federal por não terem prestado contas regularmente de recursos federais que já receberam.
Em contato com o JORNAL DE FATO, o atual diretor administrativo da Associação Hospital Centenário de Pau dos Ferros, o médico Nelson Bento Maia Neto, disse que a inadimplência corresponde à falta de documentos relacionados a um convênio firmado com o Ministério do Esporte no valor de R$ 30.607, que foram aplicados na manutenção do Núcleo de Esporte e Lazer do programa Vida Saudável. “Ao receber a informação, consultamos o portal da transparência e agora vamos procurar nosso contador para saber o que houve, já que nessa época não estávamos à frente da associação”, disse o diretor.
Já com a direção da Liga de Assistência Social de Pau dos Ferros não foi possível manter contato, mas as informações do portal da transparência confirmam a inadimplência em convênio firmado no ano de 2001, com o Ministério da Saúde, para aquisição de equipamentos e materiais permanentes.
Com a divulgação da nova lista, a quantidade de suspensão de convênios já atinge a marca de 3.922. As Ongs incluídas no Cepim são alvo de uma Tomada de Contas Especial, que vai quantificar os prejuízos a que deram causa para efeito de ressarcimento aos cofres públicos.

Associação vem enfrentado dificuldades para manter-se funcionando
A Associação Hospital Centenário de Pau dos Ferros, durante mais de 45 anos, tem sido considerada a principal unidade de atendimento pediátrico em Pau dos Ferros e região do Alto Oeste. No entanto, nos últimos dois anos vem enfrentando sérias dificuldades para manter suas portas abertas.
De acordo com o médico Nelson Maia Neto, a falta de recursos em consequência da inadimplência vem acarretando sérios prejuízos e entidades. “Há dois anos não recebemos nenhum recurso adicional. Toda nossa receita vem do teto-base de R$ 55 mil pagos atualmente pelo SUS e doações. Nenhuma emenda, seja estadual ou federal, foi destinada ao hospital nos últimos anos”, esclarece.
Segundo ele, os recursos são destinados praticamente ao pagamento da folha de pessoal. Mesmo assim, o hospital realiza mensalmente cerca de 100 atendimentos pediátricos e 80 cirurgias eletivas.   “Mesmo diante de todas as dificuldades, continuamos cumprindo nosso dever com a sociedade e vamos buscar uma solução para esse novo obstáculo”, acrescentou.

Reprodução Cidade News Itaú

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