domingo, março 10, 2013

Ex-BBB Tina, das panelas, vive em Barcelona e já é mãe: ‘Se me chamassem para o ‘BBB’, não negaria’


A ex-BBB com o filho, Henri


No “Big Brother Brasil 2”, Tina acabou eliminada na segunda semana sob vaias e gritos de “maluca, maluca”. Dentro da casa, mesmo em pouco tempo, a então loira bateu panelas, remexeu as roupas de todo mundo, armou barraco com os colegas de confinamento... Não à toa acabou desaparecendo após deixar o reality. Hoje, casada, morando em Barcelona e mãe de um menino de 4 anos, Vanessa Cristina está mais madura, mas garante que o temperamento difícil continua o mesmo.

Tina em 2002, quando participou do

- Não surto daquela maneira, mas está no sangue. Não tem como fugir... Hoje penso mais um pouco, conto ovelha, coelho para não explodir. Mas se me pegam num dia virado ou mexem com a minha família... Sai de perto! Falo mesmo o que penso - diz ela, hoje com 32 anos.
Tina diz que não foi fácil retomar a vida após o programa:
- Não digo que sofri, porque sofrer é algo que realmente dói, como uma enfermidade ou a perda de uma pessoa queria, mas não foi fácil... Sou muito ousada, acredito nas pessoas e nas coisas. Na época era menina e cabeça dura, sonhadora, acreditei e investi num projeto que não deu certo e fiquei sem opção.
Apesar desses perrengues, Tina continua acompanhando as edições do “Big Brother”. E conta que, caso a chamassem, toparia voltar ao confinamento.
- Claro que sim! Mas não para aparecer mostrando a bunda em prova como fez a Anamara (na primeira prova de resistência do “BBB 13”, a baiana levantou a saia). Nem para tirar a mão para me coçar quando um mosquito me picasse durante uma prova que valesse um carro (como fez Eliéser também na primeira prova de resistência do programa deste ano). Nem para ser a primeira a tomar banho de fio dental do lado de fora, como fez a Fani! Por favor! Iria para uma disputa, para uma competição, para ficar atá a final!
A ex-BBB leva uma vida tranquila e feliz na cidade espanhola. Mas, se pintasse uma oportunidade de voltar à mídia, arriscaria:
- Como atriz, não. Não decoro nem nome de gente, imagina textos! Sou meio lesada para isso. Mas como apresentadora ou diretora de um programa jovem, educativo ou até mesmo mostrando a vida de brasileiros pelo mundo... Hoje não tenho vontade de voltar para a mídia, mas se acontece de alguém me chamar para um programa tipo “Fazenda” ou “BBB”, não negaria. É dinheiro fácil, seria bom para garantir um futuro melhor para o meu moleque.

Filho de Tina tem 4 aninhos

A vida na Europa
Mãe de Henri, de 4 anos, Tina hoje trabalha como administradora numa loja especializada em tênis de Barcelona. Mas a vida não foi fácil na Europa, para onde foi há oito anos.
Quando resolveu se mudar para o outro continente, Tina primeiro parou em Portugal.
- Fiquei um ano lá. Como meu falecido avô é português, pensei que poderia tentar a nacionalidade portuguesa e começar a viagem pela Europa, mas o sistema português é pior que o do Brasil. Graças a Deus não estou mais morando lá! Foi bom enquanto durou.
Em Portugal, Tina trabalhou como salva-vidas, fazendo pesquisas na rua para empresas, figuração em novelas e até batendo palma em programas de auditório.
- A mudança para Barcelona foi bizarra! Fui de ônibus, não tinha documentação para residir na Europa, rezava para não ser parada pela a polícia. Estou vivendo em Barcelona há sete anos, é uma cidade incrível! Rica em arte, cultura, educação, medicina... Aqui as coisas funcionam, parece um pouco com a Brasil, pela paixão pelo futebol - diz Tina.

Tina casou há cinco anos em Barcelona

Três anos ilegal na Europa
Hoje com visto, a ex-BBB viveu por três anos ilegalmente em Barcelona. Entregou filipetas na rua, foi responsável na distribuição e estoque de uma empresa de bijuterias, trabalhou como palhaça de um restaurante aos fins de semana...
- Consegui depois de muitos anos. Na verdade é uma residência temporária. Primeiro te dão para um ano. Logo na primeira renovação, mais dois anos. Depois mais dois anos e logo vem a residência fixa, que se aplica para a nacionalidade se tiver legalmente vivendo mais que cinco anos. Fiquei vivendo na Espanha ilegalmente por três anos, sem poder visitar o Brasil e literalmente fugindo da polícia. Sempre quando via uma atravessava a rua. A empresa de bijuteria que eu trabalhava há dois anos descobriu que eu estava grávida e me despediu, daí entrei na Justiça e ganhei a residência e uma indenização. Na realidade, se você trabalha ilegal mais de um ano na mesma empresa, você tem todos os direitos de um espanhol, a responsabilidade é do empresário em te contratar e te dar a residência para poder trabalhar legalmente.

Tina e o marido

Casada há cerca de cinco anos, Tina não pensa em voltar para o Brasil:
- Não vou mentir... O custo de vida no Brasil é muito caro, você tem que trabalhar muito para pagar escola, médico... No fim das contas, não tem muita vida social, pelo menos eu que sou de São Paulo perdi uma boa parte da minha vida no trânsito. Já aqui é diferente. Com esse dinheiro que eu não gasto, porque o sistema funciona, eu consigo ir a Paris, Amsterdam... É diferente. E tem ainda a segurança. Não tenho carro, mas minha bicicleta não me dá um prejuízo adicional no fim do mês. E agora com um filho, não me vejo morando no Brasil. Se fosse para voltar não poderia ter mais um, ia ter que bater muita panela para o povo despertar e ver que o país é rico, paga muito imposto e ainda existe uma grande maioria quebrada, crianças na rua... Amo o Brasil e o levo comigo onde for, amo minha família, ela é tudo na minha vida. Mas voltar e aguentar esse sistema furado, acredito que no momento não ia aceitar.

Reprodução Cidade News Itaú

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