domingo, fevereiro 24, 2013

Presidente do Corinthians descarta tirar clube da Libertadores mesmo se punição for confirmada


O Corinthians não abandonará a disputa da Copa Libertadores da América de 2013 independente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) confirmar ou não a punição de fazer o time jogar suas partidas pelo interclubes com os portões fechados. Quem avisa ao UOL Esporte é o presidente do clube, Mario Gobbi, por meio de sua assessoria de imprensa.

Deixar a Libertadores foi uma das possibilidades discutidas pela cúpula do Corinthians diante do anúncio da medida cautelar que, ao menos entre os dirigentes, é considerada injusta. Na última quinta, o clube recebeu a notícia de que teria de jogar com portões fechados na Libertadores por conta da morte do garoto Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, que foi atingido por um sinalizador de navio atirado por torcedores alvinegros presentes no estádio boliviano.

Como o UOL Esporte publicou neste sábado, o clube entendeu que foi tratado como bode expiatório pela entidade sul-americana, já que o San José, mandante da partida, não foi punido e nem seu estádio foi interditado. Diante disso, a possibilidade de saída da Libertadores surgiu como uma maneira de reforçar o argumento corintiano. 

Para os cartolas paulistas, já que o clube tem de ser punido de forma exemplar, que saia de vez do torneio, para conseguir, fora dele, brigar pela padronização das regras de segurança e evitar de vez novas mortes em estádios. "Aí sim eles vão ver o que é briga", disse uma fonte do clube que preferiu não se identificar. 

As conversas sobre o assunto surgiram na última sexta, quando os cartolas alvinegros se reuniram pela primeira vez após o anúncio da punição da Conmebol. Neste sábado, a possibilidade tornou-se pública pela primeira vez quando foi noticiada pelo site da ESPN. 

O problema é que essa medida poderia custar caro ao clube. Só neste ano, o Corinthians investiu 22 milhões de euros na contratação de novos reforços (Alexandre Pato, Gil e Renato Augusto) na expectativa de repetir os feitos de 2012. Além disso, também gastou para manter o elenco campeão mundial, e teria um enorme prejuízo financeiro se perdesse a oportunidade de defender essas conquistas. 

Além disso, e talvez ainda mais importante, tem o impacto financeiro que a decisão teria para seus parceiros. A Caixa, que paga R$ 30 milhões ao clube para estampar sua marca na camiseta alvinegra, teria prejuízos por perder a exposição no torneio continental. 

Da mesma forma a Globo e o Fox Sports, duas das maiores parceiras do clube por gastarem muito com direitos de transmissão do torneio, também sofreriam com a ausência do clube de maior torcida entre os brasileiros que disputam a Libertadores deste ano. 

Por último, teria o ônus político. Uma decisão polêmica como essa não seria unânime e poderia arranhar a imagem da diretoria no sempre atribulado ambiente político alvinegro. Além disso, caso saia do torneio, o clube teria de pagar multa de cerca de R$ 400 mil aos três times do Grupo, R$ 39 mil à Conmebol e ficaria automaticamente fora das três próximas edições para as quais se classificasse.

Reprodução Cidade News Itaú

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