Integrante do projeto Afroreggae é morto a tiros em Realengo, no Rio

• Arquivo pessoal
  
  Victorio, 29, à esquerda, de camisa rosa, aparece ao lado do coordenador do Afroreggae, José Junior

O integrante do projeto social Afroreggae Rafael Gonçalves Victorio, 29, foi assassinado na madrugada deste sábado (15) no bairro de Realengo, zona oeste do Rio.

Segundo o coordenador da ONG, José Junior, Victoria era traficante de drogas e deixou a atividade criminosa quando ingressou no grupo.

O jovem trabalhava no setor de empregabilidade da ONG, responsável por arranjar empregos para pessoas que abandonam o crime. Ele também participava de palestras com ex-policiais, ex-traficantes e ex-milicianos.

De acordo com as primeiras informações da Polícia Civil, Rafael foi alvejado quando chegava à porta de casa. A polícia não tem informações sobre o número de criminosos que participaram da ação e a quantidade de tiros disparados.

Junior diz não acreditar que a atividade de Victorio no grupo tenha motivado sua morte. "Ele não era uma pessoa com visibilidade, não dava entrevistas. Se tivessem que matar alguém pelo trabalho no Afroreggae, esse alguém sou eu", afirmou.

Junior disse que recebeu uma ligação do delegado titular da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, prometendo empenho na investigação do caso. O corpo da vítima está no IML (instituto Médico Legal).

Coordenador da mesma ONG foi morto em assalto em 2009

Em setembro, a Justiça do Rio condenou o capitão da PM Dennys Leonardo Nogueira e o soldado Marcos de Oliveira Sales por omissão de socorro a Evandro João da Silva, então coordenador de projetos sociais da ONG AfroReggae.

Sales foi baleado após um assalto. Os policiais foram condenados ainda por deixarem os autores fugirem e ainda recolherem para si objetos que foram roubados da vítima.

O crime ocorreu na madrugada de 18 de outubro em 2009, no centro do Rio.

Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú