sábado, novembro 03, 2012

Fla e Vasco sofrem em crise, têm problemas parecidos e piores campanhas do Rio no BR


Patricia Amorim e Roberto Dinamite: momentos complicados nas administrações
Protagonistas da principal rivalidade do Rio de Janeiro e uma das maiores do país, Flamengo e Vasco possuem juntos dez títulos brasileiros, mas fazem papel longe do idealizado pelos torcedores na atual edição da competição nacional. Enquanto o time da Gávea ainda luta contra o rebaixamento, o Cruzmaltino praticamente não tem mais chances de conquistar a vaga na Copa Libertadores de 2013. Os clubes possuem as piores campanhas dos cariocas no torneio e estão entre os quatro últimos levando-se em consideração apenas a classificação no 2º turno. O mau desempenho vem em conjunto com as respectivas crises políticas e problemas nos bastidores.

O Flamengo tem a penúltima campanha no returno. São 12 pontos e apenas duas vitórias conquistadas. A situação do Vasco é um pouco melhor com 15 pontos e quatro triunfos. No caso do Gigante da Colina, a trajetória construída no primeiro turno foi "apagada" pelo turbilhão político, troca de treinador e insatisfações com salários atrasados. Um trabalho com crescimento rápido e queda ainda mais veloz.

Com uma temporada frustrada pelas expectativas iniciais, os rivais já sabem que terão dificuldades para reforçar o grupo no próximo ano. Os salários atrasados e dívidas complicam o planejamento e pouca coisa deve mudar em termos de qualidade técnica nos atuais elencos limitados e de evidentes carências. Um dos motivos que coloca obstáculos é a ausência de um vice-presidente de futebol.

Patricia Amorim e Roberto Dinamite, presidentes de Flamengo e Vasco, respectivamente, acumulam os cargos, mas não marcam presença diária nos treinamentos e deixam os departamentos sob as supervisões de Zinho e Daniel Freitas. Além disso, é comum os mandatários não se posicionarem de forma incisiva nas crises políticas e momentos de dificuldades das equipes na competição. O silêncio e blindagem são extremamente semelhantes.

Os clubes vivem uma autêntica guerra política. No Rubro-Negro, a eleição de dezembro movimenta os corredores da Gávea e dá margem às críticas e envolvimento dos adversários de Patricia Amorim.  Em meio aos inúmeros problemas financeiros é quase que impossível um dia de tranquilidade para o time profissional trabalhar mesmo no CT Ninho do Urubu, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Embora o pleito do Vasco seja apenas em 2014, a crise e saída de dirigentes anteciparam as conversas por alianças e ataques ao ex-jogador Roberto Dinamite.

Os próprios atletas dos clubes se mostram incomodados com a falta de respaldo e problemas internos. No Vasco, por exemplo, a paciência com as promessas de pagamentos dos salários aparenta ter acabado. Os jogadores estão chateados e criticam a administração no vestiário constantemente. Mudanças de técnicos durante o Campeonato Brasileiro, jejum de artilheiros e as incógnitas sobre 2013 tornam Flamengo e Vasco ainda mais semelhantes durante a parte final da temporada.

“Esse ano foi atípico e com muitos problemas. Reconheço que o futebol não está bem. Mas não é por fatores externos ou políticos. Também não posso fazer nada se a bola bate na trave ou não entra. Vamos corrigir isso em breve", afirmou a presidente Patricia Amorim, seguida por Dinamite. “Me sinto incomodado com a forma como as coisas são colocadas. Quero um Vasco mais saudável em 2013. Temos problemas antigos para resolver, de gestões anteriores. Não é o Vasco de agora. Dá a impressão de que não fazemos mais nada. As contas são do Vasco, não de presidente A ou B. Não posso pensar no Vasco de amanhã sem passar por isso”, encerrou.

Fonte: Uol Esporte/Cidade News Itaú

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