Uma das principais testemunhas no caso Eliza Samudio, Jailson Alves de Oliveira ficou poucas horas fora do xadrez, após fugir na manhã de terça-feira do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional. Ele foi recapturado no mesmo dia, por volta das 21h, durante blitz da Polícia Militar Rodoviária na cidade de Guanhães, a 240 quilômetros de Belo Horizonte (MG).
Segundo a assessoria de imprensa da PM-MG, Jailson estava numa, que está no nome da esposa dele, sem habilitação. Ele tentou enganar a polícia apresentando dois nomes falsos, mas depois assumiu que era foragido.
De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Jailson prestava serviços de pintura no Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa no momento da fuga. Segundo informações, o departamento fez a solicitação do serviço por um preso à unidade prisional, sem identificar quem deveria cumprir a tarefa. Jailson agora está na Penitenciaria Nelson Hungria, em Contagem, a mesma onde está preso o goleiro Bruno.
Segundo a Seds, foi aberto processo administrativo para investigar se houve facilitação na hora da fuga e escolha de Jailson para o trabalho no Departamento de Investigações. Já a Polícia Civil abriu sindicância para apurar qual a razão de a testemunha ter sido chamada para trabalhar, já que está em regime fechado.
Para o advogado Ângelo Carbone, defensor de Jailson, a fuga é "estranha", já que ele passaria em breve para o semiaberto. " Talvez possam ter facilitado essa fuga dele para uma suposta queima de arquivo", disse Carbone, que ainda não conversou com seu cliente.
O preso foi colega de cela de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e disse ter ouvido dele que o corpo de Eliza teria sido jogado para ‘os peixes comerem'.Bruninho é reconhecido.
A Justiça do Rio determinou que Bruno reconheça o filho de Eliza Samudio. A decisão foi tomada em 12 de julho, dois anos após o desaparecimento da modelo. A decisão ainda cabe recurso. Agora, o menino vai se chamar Bruno Samudio de Souza Fernandes, segundo a advogada Maria Lúcia Borges Gomes, que defende a família de Eliza.
"A Sônia Samudio não quis parar com o processo porque era um sonho da filha", explicou Maria Lucia, dizendo que a decisão vai definir a pensão alimentícia, ainda não paga.
Fonte: É Sertão/Cidade News Itaú
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