domingo, maio 06, 2012

Crime teve repercussão internacional


A morte do radialista Francisco Gomes Medeiros, "F. Gomes", trouxe repercussão negativa para o Brasil no que diz respeito à liberdade de imprensa e à democracia. Instituições que representam a categoria nacional e internacionalmente se manifestaram sobre a morte, na época, emitindo nota de pesar e cobrando providências por parte das autoridades.
Logo após o crime, a organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF) alertou para o ranking do Brasil acerca da liberdade de imprensa. O país havia pulado 13 posições no ranking, segundo estatística divulgada na época. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) também emitiu, lembrando que "ele (o radialista) foi morto cumprindo o seu papel".
De acordo com reportagem publicada pelo Portal Imprensa na época do crime, a organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras afirmou que a posição do Brasil no ranking mundial de liberdade de imprensa poderia piorar caso o país permitisse que crimes contra jornalistas ficassem impunes (quase dois anos depois, ninguém foi levado a julgamento). 
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) divulgou também uma nota sobre a morte do comunicador potiguar, manifestando seu repúdio contra aquele atentado. 
A nota da Unesco afirmava que "a agência das Nações Unidas, encarregada de defender a liberdade de imprensa, condenou o assassinato de um respeitado repórter policial brasileiro que denunciou fraude eleitoral, tráfico de drogas e outras atividades ilegais, apelando às autoridades para investigar o assassinato". Mais adiante, Irina Bokova, diretora-geral da Unesco, lembrou na nota emitida que o jornalista F. Gomes era um defensor dos direitos humanos e foi morto por isso.
"Ele foi morto porque estava cumprindo seu papel como jornalista que informa sobre o mundo do crime", denunciou a diretora-geral, acrescentando que F. Gomes "morreu por defender o direito básico de liberdade de expressão, um pilar da sociedade democrática".
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura foi fundada em 16 de novembro de 1945, com o objetivo de contribuir para a paz e a segurança no mundo mediante a educação, a ciência, a cultura e as comunicações. A entidade é respeitada no mundo inteiro e sua sede na América Latina é Brasília (DF).

MP denuncia oficial por facilitar fuga e várias outras irregularidades
O tenente-coronel Marcos Antônio de Jesus Moreira foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio Grande do Norte por facilitar fuga de presos, falsificação de documentos, falsidade ideológica e ajudar alguns presos a não cumprirem as suas penas.
Além do oficial, que na época era diretor do presídio estadual de Caicó, a agente penitenciária Izabel Maria de Medeiros também foi denunciada por falsificação de documentos. Além deles, outras duas pessoas, identificadas como Naélio José de Brito e Isaac Soares de Oliveira Torres, também foram denunciadas.
A denúncia do MP foi divulgada pelo radialista Sidney Silva, que trabalha em Caicó e vem acompanhando o caso desde o início (ele trabalha na mesma rádio em que F. Gomes trabalhava). No texto, os promotores citam inúmeros crimes, como facilitar a fuga de presos em regime prisional semiaberto e aberto, liberar presos do cumprimento de sanções disciplinares, determinar alteração na ficha de frequência de apenado, ocultando faltas e fazer inserir em ficha de frequência declarações falsas, consistentes na presença de apenado. 
Há ainda na denúncia que o tenente-coronel havia comprado bens mediante ajuste com preso recolhido em regime fechado, além de favorecer condenado, ocultando sua fuga do juiz da Vara de Execuções Penais e do Ministério Público.
Os crimes, segundo a publicação no blog do radialista, teriam ocorrido em 2010, justamente o ano em que o radialista F. Gomes foi assassinado a tiros.
A denúncia é assinada pelos promotores Patrícia Antunes Martins, coordenadora do Gaeco/RN; Alysson Michel de Azevedo Dantas; Alexandre Gonçalves Frazão e Carlos Henrique Rodrigues da Silva.

Fonte: Defato

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