sexta-feira, abril 06, 2012

Professores não voltam às salas de aula na segunda e deflagram greve por tempo indeterminado


A rede municipal de educação deve começar a próxima semana um pouco conturbada. Isso porque os professores deverão ir às escolas apenas para avisar aos alunos que a categoria está em greve.
A decisão foi tomada nesta semana pelo Sindicato dos Servidores em reivindicação ao 6,37% de reajuste proposto pelo Município. Quando, na verdade, a categoria pede 22%.
O titular da Secretaria de Administração, Manoel Bizerra, explica que este percentual está em consonância com o índice inflacionário. Em contrapartida, a categoria, além de pedir um valor superior, argumenta descumprimento da Lei do Piso Unificado dos Professores.
"Mossoró aplica a proporcionalidade da carga horária. Aqui a jornada de trabalho do professor é de 30 horas. Porém, uma parte desse tempo é para atividades extra-sala de aula. A Lei reserva 10 horas para outras atividades", explica Marilda Sousa, representante sindical.
Na próxima semana, tanto o Município quanto o sindicato devem voltar à mesa de negociações. Mas, enquanto isso, o sindicato estima que 80% dos professores irão aderir à greve.
O titular da Administração classifica como precipitada a decisão dos professores em parar as atividades. Segundo ele, faltou maturidade da categoria para ampliar a discussão. "Todos os anos aplicamos um reajuste linear a todas as categorias do município. A questão da proporcionalidade da carga horária já foi discutida entre a Gerência de Educação e os professores", garante ele.
Atualmente, ainda sem o novo reajuste, a menor remuneração do professor, sem gratificações, é de R$ 1.237. Já a lei determina que o piso para a categoria é de R$ 1.088. Enquanto Município e sindicato não chegam a um denominador comum, a certeza é que o feriadão para os alunos deverá ser prolongado por tempo indeterminado.

Fonte: Defato

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