terça-feira, abril 10, 2012

Alunos das escolas municipais começam semana sem aulas


Como já havia sido divulgado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), os professores da rede pública de ensino deram início a mais uma greve da educação na manhã de segunda-feira, 9. Segundo a presidente do sindicato, Marilda Souza, cerca de 80% das escolas não tiveram aulas no primeiro dia da greve. 
Foi o que aconteceu na Escola Municipal Professor Manoel Assis, que ficou sem aula em todas as 11 turmas, de 1º ao 5º ano, que funcionam pela manhã, deixando os 218 alunos do turno sem aula. 
A diretora da unidade educacional, Geruza Gomes, afirma que ao serem informados sobre a greve os pais dos alunos que chegavam para deixar seus filhos ficavam revoltados.
"Muitos pais já disseram que não vão aceitar reposição das aulas nos sábados", conta.
De acordo com a diretora, os alunos são os maiores prejudicados com a realização das greves, já que a reposição dos conteúdos nunca é feita de forma integral. Geruza afirma que a escola já estava se preparando para repor as aulas dos três dias de parada de advertência, e que agora a perda vai ser maior ainda.
A diretora explica que o calendário letivo que estava previsto para se encerrar em dezembro será todo alterado, caso a greve dure mais de duas semanas e isso atrapalha a programação das escolas.
"Os próprios professores, em sua maioria, não sabem por que estão entrando em greve", declara a diretora.
Do quadro de professores da Escola Municipal Manoel Assis, cinco profissionais não aderiram à greve municipal da educação, por isso a escola preparou um horário especial para atender aos 307 alunos matriculados no turno vespertino.
Entre os profissionais que decidiram não aderir ao movimento está a professora Itamar de Souza Câmara. Ela explica que, apesar de concordar com as reivindicações da categoria, não aderiu à greve por achar o movimento precipitado. 
Para Itamar de Souza, o sindicato deveria ter esperado que as demais categorias de servidores municipais, como os profissionais da saúde, da tributação e outras classes, também decidissem se entrariam em greve, para dar mais força ao movimento. 
"Uma andorinha só não faz verão, então acho que se todas as categorias estivessem juntas o movimento seria mais organizado e teria mais força para conseguir ter as reivindicações atendidas", frisa.
Itamar de Souza, que já está há 23 anos em sala de aula, diz que já passou por muitas greves ao longo da carreira e que nos últimos anos a categoria não tem tido muito sucesso.

Fonte: Defato

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