terça-feira, fevereiro 07, 2012

Primo de ex-prefeito morto é assassinado

A Polícia Civil tem esperança de conseguir esclarecer o assassinato do agropecuarista Valter Martins Veras, que tinha 65 anos e foi executado na noite de sábado passado, em Janduís, cidade distante cerca de 100 km de Mossoró. A polícia conseguiu uma amostra de digital na cena do crime e tem ainda a bala usada para matar a vítima. As duas provas poderão ser comparadas posteriormente, esclarecendo a autoria e a arma utilizada no crime. Valter era primo do ex-prefeito de Campo Grande, Francisco Antônio Veras, executado de forma extremamente violenta em 2010, junto com dois policiais.
O crime ocorreu na noite de sábado passado. A vítima foi surpreendida por bandidos em um carro tipo GM Celta de cor preta. Foram efetuados vários tiros de escopeta calibre 12, sendo um deles na cabeça, à queima-roupa. Valter ainda foi levado para um hospital da região, mas já estava morto.
Os bandidos fugiram do local e o carro usado no crime foi incendiado a cerca de 7 km do local da execução. Para o delegado Getúlio Medeiros, que investiga o caso, o carro foi queimado como uma forma de despistar a polícia, dificultando a investigação. No entanto, uma garrafa de plástico foi encontrada no local, possivelmente usada para levar o combustível para o incêndio.
Getúlio adiantou que peritos do Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró conseguiram retirar uma amostra de impressão digital. Caso alguém venha a ser preso no decorrer da investigação terá a digital comparada. "Estamos nos apegando a isso. Por enquanto, é a única coisa mais concreta que temos", disse o delegado Getúlio, lembrando da munição da 12, que também pode ser comparada.
A princípio, familiares negaram que o crime pudesse ter relação com a rixa entre membros da família Veras e outros grupos familiares da região. A guerra entre famílias já resultou em inúmeras mortes no Rio Grande do Norte e também noutros estados, como a Paraíba. No estado vizinho, a polícia paraibana diz que foram mais de 100 assassinatos na 'guerra'.
Getúlio disse que a família não tinha a quem atribuir o crime e que Valter não tinha ligação com os parentes envolvidos nas disputas armadas.
O delegado vai ouvir o depoimento dos familiares ainda nesta semana para definir a linha de investigação. Até ontem ele disse não ter a menor ideia do que poderia ter motivado a execução, apesar da suspeita principal ser realmente fruto da rixa entre famílias inimigas.

EM MOSSORÓ
No domingo passado, o aposentado Francisco das Chagas Martins de Freitas, que tinha 67 anos e era conhecido como "Chaguinha Garçom", foi assassinado em Mossoró.
Ele foi alvejado com cerca de cinco disparos de pistola calibre 380 e morreu. A polícia trabalha com a hipótese de vingança. Ele já havia sido investigado por um homicídio.

Fonte: Defato

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