domingo, fevereiro 12, 2012

Poucos incentivos para permanência não afasta trabalhadores da atividade

Eles agregam experiência às empresas e são considerados fortes auxiliadores na formação dos novos funcionários. Porém, as mudanças rápidas muitas vezes são empecilhos para o rendimento desses experientes. Por exemplo, quando Dilma Soares ingressou na Caixa, os bancos ainda usavam uma máquina que apenas digitava os números, passando longe de aplicativos e serviços mais sofisticados.
Hoje, porém, os serviços da empresa recebem o suporte de aparatos tecnológicos de ponta. E o segredo pra não ser ultrapassada é apostar em cursos de aperfeiçoamento. "Aqui [na Caixa] existe uma universidade corporativa e sempre estou me atualizando. Em muitos casos é preciso aprofundar o conhecimento em alguns serviços: quando trabalhei no setor de Habitação, as coisas eram completamente diferentes do que são hoje".
Já para aqueles que têm como objeto de trabalho o processo criativo, a pró-reitora de RH da UERN, que também é assistente social, explica que há uma diferença significativa nesse perfil de profissional: "hoje já existe pesquisadores que atingem o doutoramente aos 30 anos. Mas isso nem sempre foi assim e o que temos hoje são profissionais perto de se aposentar em plena atividade produtiva. Deve-se observar que a maturidade intelectual precisa de tempo", pontua.
O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de Mossoró não tem números fechados quanto a essa realidade na cidade. Porém, somente na UERN eles já chegam a quase 40 profissionais. A Superintendência da Caixa também disse não ter um acompanhamento no Estado, mas assegurou apenas que a empresa não faz distinção no tratamento dos trabalhadores que estejam ou não aposentados.
E Dilma Soares confirma isso: "hoje já penso em sair da empresa, mas não para ficar em casa e sim pra ajudar meu marido no comércio da família. As metas e cobranças são muito intensas e mesmo ainda tendo muita disposição, a situação é diferente e a pressão da família já começa a pesar na decisão", reforça ela. De acordo com a assessoria, não há na empresa um programa de incentivo à permanência, pelo contrário.
Vez por outra, o banco oferece um incentivo para os servidores que já tenham se aposentado a abandonarem os trabalhos. O motivo passa pelos altos custos que um servidor de carreira deixa na folha de pagamento e também, em alguns casos, o rendimento não é mais o mesmo daqueles que estão na fila de espera por uma convocação.

Fonte: Defato

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