quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Foragido da Operação Judas se entrega e presta depoimento à polícia

Foto: Adriano Abreu 


Suspeito de integrar o esquema de fraudes no Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN), o empresário Carlos Alberto Fasanaro prestou depoimento ao delegado Marcos Dayan, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária (Deicot), na manhã de hoje (1º de fevereiro). 

Ele se apresentou à polícia por volta das 8h30.Carlos Alberto estava foragido desde ontem, quando a Justiça emitiu mandado de prisão determinando a detenção dos suspeitos de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro no pagamento dos precatórios pagos através do Tribunal de Justiça do RN. De acordo com o delegado Marcos Dayan, o depoimento de Carlos Alberto foi semelhante aos relatos de outros envolvidos na operação. 

Segundo Dayan, o suspeito afirmou que recebia o dinheiro desviado em sua conta, a pedido de George Leal, mas que não sabia a origem dos recursos.  Para o delegado, há indícios que a conta bancária de Carlos Alberto funcionasse como uma “conta de passagem”, na qual o dinheiro é depositado e repassado para outros destinatários. Fasanaro foi o último suspeito a prestar depoimento à polícia. Ontem (31), os demais acusados foram presos durante a Operação Judas. 

Entre os detidos estão a ex-chefe do Setor de Precatórios do TJ-RN, Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal; George Luís de Araújo Leal, marido de Carla; Cláudia Suely Silva de Oliveira Costa; Carlos Eduardo Cabral Palhares de Carvalho; e Pedro Luiz Silva Neto, servidor do Banco do Brasil. 

Após prestar depoimento, Carlos Alberto Fasanaro foi encaminhado ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), onde deverá se submeter a exame de corpo de delito. De acordo com o delegado, os próximos passos da investigação incluem a análise dos documentos apreendidos ontem na residência dos suspeitos Vale lembrar que a Operação Judas foi deflagrada pelo MP após análise de apenas quatro processos. O Ministério Público ainda não teve acesso a outros 7 mil protocolos de pagamento de precatórios pelo TJ. 

Fonte: Tribuna do Norte

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