terça-feira, setembro 19, 2023

Operação contra o crime organizado na periferia de Salvador deixa 10 mortos em 4 dias


Na Bahia, a população da periferia da capital está assustada. Desde sexta-feira (15), policiais civis, militares e federais fazem uma operação contra o crime organizado. Dez pessoas morreram.


A rotina dos moradores ainda não voltou ao normal no bairro de Valéria. Seis escolas municipais estão fechadas, deixando sem aula 2,5 mil alunos. Um colégio da rede estadual abriu, mas alunos e professores não apareceram. Os serviços de saúde continuam suspensos e os ônibus não trafegam pelas ruas do bairro.


“Está horrível! A gente tem que se deslocar da nossa casa para aqui e a andada é boa. Meia hora, 40 minutos, é muita coisa”, diz o auxiliar de serviços gerais Manuel do Nascimento.


Na sexta-feira (15), o policial federal Lucas Caribé morreu com um tiro de fuzil, quando cumpria mandados de prisão contra suspeitos de tráfico de drogas no bairro de Valéria. Quatro suspeitos que tentaram fugir pela mata também morreram.


Os policiais prenderam um suspeito de chefiar o grupo criminoso e apreenderam armas e munições. Ainda na sexta, 21 agentes especializados em ações de combate chegaram à capital baiana. A operação continuou e, no fim de semana, mais cinco suspeitos morreram em confrontos com a polícia.


Em agosto, a PF passou a trabalhar em conjunto com as polícias Civil e Militar da Bahia no combate do crescimento de facções criminosas, cumprindo um acordo de cooperação entre os governos federal e estadual. Hoje, a força tarefa conta com 400 homens. Nos últimos dias, a Polícia Federal reforçou o efetivo em Salvador.


A Polícia Rodoviária Federal também intensificou o policiamento nas rodovias que dão acesso à capital baiana e realizam abordagens em bairros de Salvador que ficam às margens da BR-324.


Nesta segunda-feira (18), três veículos blindados da Polícia Federal embarcaram em um navio da Marinha, no Rio de Janeiro, e devem chegar até quinta-feira (21) em Salvador. Ao todo, serão cinco blindados na operação que não tem data para terminar.



“A ideia do blindado é que ele propicie maior segurança às equipes policiais em ação em terreno no campo, alcançando locais de difícil acesso. Propiciar uma ação mais segura e mais cirúrgica da equipe policial em benefício tanto equipe quanto da sociedade que está no local da ação”, diz Flávio Albergaria, superintendente regional da Polícia Federal na Bahia.


Fonte: jornal Nacional

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