terça-feira, agosto 08, 2023

Justiça quebra sigilo de dados de fazendeiro que ameaçou 'dar tiro' em Lula no Pará

Fazendeiro Arilson Strapasson é suspeito de ameaçar presidente Lula — Foto: Reprodução/Redes sociais

A Justiça Federal de Santarém quebrou o sigilo de dados do fazendeiro Arilson Strapasson, preso na última semana após fazer ameaças contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


O blog teve acesso à decisão na qual a juíza federal Mônica Guimarães Lima autorizou a quebra de sigilo de dados, para que a investigação avance sobre os possíveis motivos e elos que levaram às ameaças contra o presidente.


Strapasson foi detido pela Polícia Federal, em Santarém (PA). Por decisão de Mônica, foi solto no último dia 4.


Segundo a PF, em um bar, ele teria perguntado aos presentes se sabiam onde Lula se hospedaria durante passagem pela cidade nesta segunda (7), antes da Cúpula da Amazônia, em Belém (PA). O fazendeiro teria afirmado ainda que "daria um tiro" na barriga do presidente.



Ao autorizar buscas em locais ligados a Strapasson, a juíza afirmou ter acatado pedido da PF, “deferindo ainda a quebra de sigilo de dados, para promover o acesso (durante e depois da operação) aos conteúdos das mídias a serem apreendidas, que devem ser enviadas ao Setor de Perícia da Polícia Federal para a realização de exames específicos”.


Mônica determinou ainda:


acesso a celulares do fazendeiro

proibição de aproximação do fazendeiro ao distrito de Alter do Chão, em Santarém

e uso tornozeleira eletrônica pelo prazo de 10 dias corridos, contados a partir de 4 de agosto

“Não poderá o investigado se aproximar, no período acima indicado, do distrito de Alter do Chão, podendo apenas se deslocar de Santarém à sua residência no Ramal da Ulbra, não podendo ultrapassar em direção a Alter do Chão”, escreveu.

As medidas foram autorizadas a partir de provas colhidas na investigação.


A Polícia Federal teve acesso ao circuito de segurança da loja de bebidas no Pará, por meio do qual foram comprovadas as ameaças feitas pelo fazendeiro.


A corporação cruzou as imagens com material recebido de um denunciante, que estava no estabelecimento, ouviu o fazendeiro, gravou e contou aos investigadores. Além disso, o proprietário da loja de bebidas também confirmou o ocorrido e o teor das ameaças.



As informações também embasaram a decisão da Justiça Federal que determinou a prisão do fazendeiro.


Fonte: g1

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