domingo, novembro 06, 2022

Peixe-leão é visto por mergulhadores pela primeira vez no litoral de Fortaleza

Um peixe-leão foi visto pela primeira vez no litoral de Fortaleza, após flagra de mergulhadores. A espécie invasora foi gravada no Parque Marinho da Pedra da Risca do Meio, localizado a 16 km da costa fortalezense. O animal estava a 20 metros de profundidade, e foi visto na última sexta-feira (4). O vídeo foi feito por um instrutor da Atlântida Mergulho Ceará.


O parque onde o peixe-leão foi encontrado é uma unidade de conservação com recifes de 18 a 30 metros de profundidade, como explica Marcelo Soares, professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (Labomar-UFC) e pesquisador no programa Cientista-chefe Funcap/SEMA.


“Já tínhamos registros em marambaias de pescadores, mas longe da costa. Isso foi a uns cinco meses atrás por pescadores. Agora é o primeiro nessa unidade de conservação em Fortaleza”, comentou o professor.


Pesquisadores do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) alertam que a espécie venenosa e invasora representa riscos para o ecossistema local e para seres humanos.


Em abril de 2020, um pescador sofreu um acidente envolvendo um peixe-leão na Praia de Bitupitá, em Barroquinha, no interior do Ceará. Ele pisou no animal e sofreu com dores e convulsões. A espécie é altamente venenosa e já foi encontrada em diversos locais do litoral cearense, inclusive em pontos turísticos famosos, como Jericoacoara.


Peixe-leão é espécie venenosa e invasora no litoral do Ceará. — Foto: Divulgação/Fernando Rodrigues/Sea Paradise/BBC


Apesar da presença do animal venenoso, não houve registro de feridos em Fortaleza. “De agosto até agora estamos com menos registros, mas porque o vento é forte e quase ninguém vai pro mar, nem pescador, nem mergulhadores e nem pesquisadores. Mas agora o vento acalma e devemos ver mais bichos”, explicou Marcelo Soares.


“Nos tínhamos registros internos, mas sem o local exato. Agora temos o local exato por ser um local conhecido de mergulho”, complementou o pesquisador.


Fonte: g1

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