domingo, agosto 08, 2021

Após cancelar reunião dos chefes de poderes, Fux diz ao Congresso que diálogo com Legislativo não será afetado

Após anunciar o cancelamento da reunião entre os chefes de poderes, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, procurou a cúpula do Congresso Nacional para informar que o diálogo com o Poder Legislativo não será afetado.


Ministro Luiz Fux, presidente do STF, nesta quinta (5), quando anunciou o cancelamento da reunião dos poderes — Foto: Reprodução/TV Justiça


A decisão de se fazer a reunião dos poderes foi anunciada em 12 de julho, após um encontro entre Fux e o presidente Jair Bolsonaro. Nesta quinta (5), contudo, diante dos novos ataques do presidente da República ao sistema eleitoral e a ministros do STF, o presidente do tribunal decidiu cancelar a reunião.


Diante da decisão, Fux manteve contato com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e também teria falado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).


A ideia do ministro é mostrar que a situação envolvendo o Supremo e Bolsonaro é pontual e não terá desdobramentos nas relações com outras autoridades. De acordo com interlocutores, a relação do Supremo com ministros do governo Bolsonaro também não será afetada.


Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes atendeu a um pedido unânime dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e incluiu Bolsonaro entre os investigados no inquérito das fake news em razão dos ataques às urnas.


Fux e Aras

A ideia de Fux levada à cúpula do Congresso foi reforçada nesta sexta durante um encontro do presidente do STF com o procurador-geral da República, Augusto Aras.


Ao fim da reunião, em duas notas divulgadas à imprensa, STF e PGR ressaltaram a importância do diálogo.


No Supremo, a avaliação é que o Poder Executivo precisa mais do Supremo, do que o contrário. Isso porque a Corte tem processos em tramitação que podem ter forte repercussão econômica, como a ação que discute qual índice deve ser aplicado na correção dos saldos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a ação que discute a aplicação da "revisão da vida toda" ao cálculo de benefícios previdenciários.


Fonte: G1

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