Prefeitura de Diadema exonera funcionário por aplicar vacina contra Covid em parentes de outra cidade e fora do calendário

Em Diadema, na Grande São Paulo, um médico foi exonerado por aplicar doses de vacina contra a Covid-19 em nove pessoas que não faziam parte dos grupos prioritários na vacinação. Ele era gerente do posto de saúde Inamar.

Segundo a prefeitura, ele aplicou doses da vacina em parentes que moravam em outra cidade e na namorada, de 23 anos.

A prefeitura informou que o funcionário admitiu o erro e foi demitido por justa causa em 26 de março, no entanto, ele não foi denunciado à polícia e nem ao Ministério Público.

Desde 13 de fevereiro, uma lei estadual prevê multa para quem descumprir o calendário da vacinação. A punição é de cerca de R$ 24 mil para o agente público que vacinar outra pessoa fora do calendário, de R$ 49 mil para o vacinado que não for agente público e R$ 98 mil para o servidor que for imunizado irregularmente.

Vacinação paralisada

Em algumas cidades do estado de São Paulo, a vacinação precisou ser interrompida total ou parcialmente por falta de doses. Um levantamento feito pela GloboNews aponta que 18 municípios interromperam a vacinação.

Cidades da Grande São Paulo com falta de doses:

Cajamar;

São Lourenço da Serra.

Região de Campinas

Vinhedo;

Águas de São Pedro;

Águas de Lindóia;

Morungaba;

Capivari;

Charqueada;

Limeira;

Monte Alegre do Sul;

Santo Antônio do Jardim

Região de Sorocaba

Sorocaba

Região de São José dos Campos

Jacareí;

Caçapava.

Litoral

Praia Grande;

Itanhaém.

Região de São Carlos

Rio Claro;

Santa Cruz da Conceição.

Em São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo, a vacinação será retomada nesta terça-feira (4) com a AstraZeneca. Quem espera a CoronaVac para a segunda dose ainda não tem previsão para receber. O município afirmou que o governo do estado não enviou a quantidade necessária de doses para a vacinação.

"No início da campanha de vacinação, o estado mandava a quantidade necessária para serem utilizadas na segunda dose da vacinação e nós armazenávamos. De um tempo para cá, ele já não fez isso e manda só a primeira dose, a segunda vem depois", afirma Michele Sales, diretora da Saúde da cidade.

A Secretaria da Saúde do estado de São Paulo contestou a informação de São Lourenço da Serra de que não tem repassado doses suficientes para a imunização. Segundo a secretaria, o "Plano Estadual de Imunização sempre enviou separadamente as remessas de primeira e segunda dose e que desde o último sábado foram distribuídas para a região da Grande São Paulo mais de 700 mil doses, incluindo cerca 3 mil para São Lourenço e Cajamar".

Na capital, não há registros de falta de vacina. No entanto, um professor teve dificuldades em conseguir tomar a segunda dose: precisou ir a três unidades na Zona Leste. "Eu fui até a UBS do Belenzinho e chegando lá não tinha vacina, eles informaram que chegaram poucas doses no início da manhã e no fim da tarde já não tinha mais", afirma Marcos Alencar.

A Prefeitura de São Paulo informou que o município tem doses suficientes tanto da Coronavac quanto da AstraZeneca para vacinar o público elegível e que a remessa de doses ocorre diariamente entre as unidades.

Fonte: G1