terça-feira, maio 18, 2021

Planalto avalia que Ernesto Araújo 'suportou bem' pressão da CPI da Covid



A equipe do presidente Jair Bolsonaro avaliou que o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo "suportou bem" a pressão durante o depoimento na CPI da Covid.


Para auxiliares do presidente, Araújo evitou criticar o ex-chefe, sempre dizendo que não cabia a ele dar opinião sobre posições de Bolsonaro.


Mas procurou também, sempre quando questionado, transferir a responsabilidade por decisões sobre a pandemia para o Ministério da Saúde.


O desempenho do ex-chanceler, continuam os auxiliares do presidente, deve servir de modelo para o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que vai falar à comissão nesta quarta-feira (19) na comissão. Araújo evitou entrar em atrito com os senadores e ouviu críticas sem rebatê-las, mesmo quando foi acusado de mentir reiteradamente para a comissão.


O momento mais delicado, na avaliação de aliados de Bolsonaro, foi quando a senadora Kátia Abreu (PP-TO) participou da CPI da Covid. Ela, que havia sido atacada por Araújo quando ele ainda estava no cargo de chanceler, fez duras críticas ao ex-ministro das Relações Exteriores, acusou-o de mentir e afirmou que ele conduziu o país ao caos.


Depois da fala da senadora, porém, a palavra foi passada a outro parlamentar. Com isso, Ernesto Araújo acabou não respondendo aos questionamentos de Kátia Abreu. O embate do ex-ministro com a senadora acabou sendo determinante para que o presidente Bolsonaro demitisse seu então chanceler.



Mais tarde, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) perguntou se Ernesto Araújo não poderia aproveitar o momento para se desculpar com a senadora Kátia Abreu, a quem acusou de fazer lobby para a China na disputa da tecnologia de 5G da telefonia celular. Araújo se limitou a dizer que não se arrependia porque o que havia dito era a verdade.


Depois, mais ao final do depoimento, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) cobrou de Ernesto Araújo uma nova resposta sobre os ataques a Kátia Abreu. O clima esquentou na comissão, mas o ex-ministro não recuou e disse que o tema "já está judicializado e as testemunhas falarão em juízo".


Ernesto Araújo, por sinal, durante sua fala, disse que sua saída não se deveu à questão das vacinas, mas a uma decisão do presidente Jair Bolsonaro por causa de problemas no relacionamento político com sua base aliada no Senado Federal.


Fonte: Blog do Valdo Cruz

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