quinta-feira, março 18, 2021

Parlamento da Espanha aprova legalização da eutanásia

O Parlamento da Espanha aprovou, nesta quinta-feira (18), uma lei que regulamenta a eutanásia e o suicídio assistido, o que permite que pacientes terminais procurem assistência médica para acabar com a própria vida.


A proposta levantada pelo PSOE, partido do primeiro-ministro Pedro Sánchez, passa a valer a partir de junho. Ela foi aprovada com 202 votos a favor, e 141 contra pelo Congresso dos Deputados.


"Hoje somos um país mais humano, mais justo e mais livre", disse Sánchez em uma rede social.


Manifestantes se reúnem no centro da capital espanhola em defesa da eutanásia em foto de 18 de março de 2021 — Foto: Javier Soriano/AFP


A eutanásia está autorizada apenas para pacientes espanhóis ou residentes com doenças graves e incuráveis, que causem um "sofrimento intolerável" (leia mais abaixo).



Apesar de não aparecer textualmente na lei, a proposta descreve o chamado suicídio assistido, em que um médico pode prescrever um tratamento terminal que é tomado pelo próprio paciente.


Manifestantes no centro de Madri pedem pela aprovação da lei de eutanásia na Espanha em foto de 18 de março de 2021 — Foto: Susana Vera/Reuters


O que diz a lei?

Apenas espanhóis ou residentes estrangeiros que vivam no país há pelo menos 1 ano podem pedir pela eutanásia

O paciente deve passar por uma avaliação médica e psicológica antes de ter o pedido aprovado

A medida precisa ser aprovada pelo médico da família e por um conselho de médicos e juristas

A "ajuda para morrer" pode acontecer em centros médicos ou na casa dos pacientes

Médicos podem se recusar a contribuir com o procedimento, mas o serviço público de saúde deve oferecer outro profissional para que o direito seja garantido

Outros países

A Espanha se juntou a países como Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Canadá ao aprovar – por completo – uma regulamentação para a eutanásia.


No início do ano, o Parlamento português aprovou a legalização da medida, mas ela ainda não foi sancionada pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa.


Na Colômbia, a prática se tornou legal após decisão do Tribunal Constitucional, mas ainda não há regulamentação.


A Nova Zelândia tem uma lei sobre o tema, que está prevista para começar a vigorar no fim deste ano. Em partes dos Estados Unidos e da Austrália a prática também está permitida.


Fonte: G1

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