quinta-feira, fevereiro 25, 2021

Facebook fecha todas as contas vinculadas ao exército em Mianmar

O Facebook anunciou na última quarta-feira (24) que bloqueou todas as contas que ainda estavam abertas e eram vinculadas ao exército de Mianmar, citando o uso de "violência letal" contra os manifestantes pró-democracia por parte da junta militar.


Facebook — Foto: Richard Drew/AP Photo


A decisão, com efeito imediato, é aplicada aos militares e às entidades controladas pelas Forças Armadas no Facebook e Instagram, rede que também pertence à companhia de Mark Zuckerberg. Também foi proibida qualquer publicidade nas plataformas.


"Os eventos desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro, incluindo a violência letal, precipitaram a necessidade desta proibição", afirmou o Facebook em um comunicado.

"Pensamos que os riscos de autoriza o Tatmadaw (nome do exército birmanês) no Facebook e Instagram são muito grandes", completou a nota.


Protestos vêm se espalhando pelo país desde o golpe militar no início do mês, eles são – em sua maioria – pacíficos. Os manifestantes costumam carregar cartazes com mensagens incentivando atos de desobediência civil.


Alegando fraude eleitoral, uma junta militar tomou o poder em 1º de fevereiro, após prender a cúpula do governo e a maior liderança política de Mianmar, Aung San Suu Kyi.


Manifestantes ignoram repressão e fazem protesto em 19 de fevereiro pedindo desobediência civil contra o golpe militar em Mianmar — Foto: AP Photo


Nas últimas três semanas, os militares intensificaram o uso da força para tentar enfraquecer a mobilização a favor da democracia em Mianmar, onde milhares de pessoas desafiam o golpe de Estado com protestos diários nas ruas.


O número de mortes desde o golpe de Estado subiu para cinco na quarta (24), após o falecimento de um homem de 20 anos que não resistiu aos ferimentos sofridos em Mandalay.


O exército utilizou o Facebook para divulgar suas acusações de fraude nas eleições de novembro, que foram vencidas pelo partido de Aung San Suu Kyi.


Fonte: France Presse

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!