quarta-feira, janeiro 27, 2021

Líder de grupo supremacista era informante de agências de segurança dos EUA

Enrique Tarrio, o líder do grupo extremista Proud Boys, foi informante de agentes de órgãos de segurança dos Estados Unidos. Ele fez diversos serviços como colaborador sigiloso para diferentes agências de investigação depois de ter sido preso em 2012, de acordo com um ex-promotor.


Enrique Tarrio em protestos dos Proud Boys em dezembro de 2020 — Foto: Jim Urquhart/Reuters


Tarrio foi preso em um caso de fraude com testes para diabetes. Ele admitiu que era culpado. A partir de então, passou a colaborar com órgãos de segurança.


A agência de notícias Reuters também obteve uma transcrição de uma audiência da Justiça federal que aconteceu em 2014 que corrobora com a história.


Nessa audiência, um procurador federal, um agente do FBI e o advogado de Tarrio afirmam que ele prestava serviços como informante, e os dados que ele revelou ajudaram a condenar pessoas que cometeram crimes relacionados a drogas, jogos ilegais e tráfico de pessoas.

Tarrio negou que tenha trabalhado disfarçado ou cooperado em processos contra terceiros. “Não sei de nada disso”, disse ele, quando questionado sobre a audiência.


Vanessa Singh Johannes, promotora federal que atuou no caso de Tarrio, confirmou que ele cooperou com agentes federais e locais para ajudar a acusação.


Ele ajudou em casos distintos, desde cultivo de maconha ilegal até um de um esquema de fraude com remédios.


Tarrio, de 36 anos, organizou e liderou protestos dos Proud Boys, um dos grupos que invadiram o prédio do Congresso dos EUA no dia 6 de janeiro.


Ele foi preso pela polícia da cidade de Washington DC no começo de janeiro, antes do protesto dos apoiadores de Donald Trump.


Tarrio foi indiciado por ter dois cartuchos de rifles e ter queimado um pôster do Black Lives Matter durante um protesto em dezembro.


Ao menos cinco membros dos Proud Boys foram acusados pela sua participação na invasão.


O FBI afirmou que a prisão de Tarrio foi uma tentativa de evitar eventos como os que aconteceram no dia 6 de janeiro.


Fonte: Reuters

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