quinta-feira, outubro 15, 2020

Rebanho de bovinos tem leve alta no Brasil em 2019, após 2 anos de queda

 O rebanho bovino nacional voltou a se recuperar em 2019 após dois anos consecutivos de queda, ao registrar uma leve alta de 0,4%, para 214,7 milhões cabeças de gado.


Boi de confinamento em Nova Mutum (MT) — Foto: Olimpio Vasconcelos/G1 MT


As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (15) na Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


O país continua tendo mais gado do que pessoas (212,1 milhões) e possui o segundo maior rebanho bovino do mundo, perdendo apenas para a Índia. O país é também o principal exportador e o segundo maior produtor, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).


O estado do Mato Grosso (MT) segue na liderança, com 31,7 milhões de cabeças de gado, respondendo, assim, por 14,8% do rebanho nacional. Em relação a 2018, houve um aumento de 5,1% no número de bois e vacas do estado.


Em seguida está o estado de Goiás, onde a expansão anual foi de 0,6%, para 22,7 milhões de cabeças. Já em Minas Gerais, terceiro maior criador de gado, houve crescimento de 1% no rebanho, para 22 milhões.


Principais produtores de bovinos — Foto: Arte/Agronegócios G1


Alta do preço do boi gordo

Segundo o IBGE, o ano de 2019 foi marcado por uma alta do preço do boi gordo no último trimestre.


"O recorde de exportação da carne bovina, explicado, especialmente, pela demanda chinesa, refletiu-se nos preços de toda a cadeia, do bezerro ao consumidor final", afirmou.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram exportadas 1,5 milhão de toneladas de carne, com alta de 17,0% em relação ao ano anterior.


Por município, os maiores rebanhos estão em:


São Félix do Xingu (PA): 2,2 milhões de cabeças

Corumbá (MS): 1,8 milhão de cabeças

Vila Bela da Santíssima Trindade (MT): 1,2 milhão de cabeças

Por Região, Centro-Oeste segue na liderança:


Centro-Oeste: 74 milhões de cabeças (+0,24%)

Norte: 49,6 milhões de cabeças (+1,45%)

Sudeste: 37 milhões de cabeças (-0,17%)

Nordeste: 28,5 milhões (+2,72%)

Sul: 25,3 milhões (-2,79%)

Produção de leite


A pesquisa do IBGE mostrou ainda que o volume de leite produzido em 2019 (34,8 bilhões de litros) foi o segundo maior da série iniciada em 1974, inferior apenas ao de 2014 (35,1 bilhões de litros).


Em relação a 2018, a produção nacional de leite cresceu 2,7%, enquanto o efetivo de vacas ordenhadas (16,3 milhões) caiu 0,5%.


O Sudeste voltou a ser o maior produtor, com alta de 4,4% no volume de leite e participação de 34,3% na produção nacional. Minas Gerais, com maior efetivo de vacas ordenhadas (3,1 milhões), teve, no ano, redução de 0,3% no total de animais.


Galináceos e ovos

Já o total de galináceos (1,5 bilhão de cabeças) ficou praticamente estável em relação a 2018, com variação de 0,1% (ou 940 mil animais). Entre os estados, os líderes foram Paraná (26,5% do total nacional), São Paulo (14,0%) e Rio Grande do Sul (10,5%); entre os municípios, Santa Maria de Jetibá (ES), Cascavel (PR) e Bastos (SP).


A produção nacional de ovos de galinha bateu novo recorde: 4,6 bilhões de dúzias em 2019, com alta de 4,2% frente a 2018. O Sudeste foi responsável por 43,4% do total e o estado de São Paulo foi o maior produtor (25,4%).


Suínos e piscicultura

O rebanho suíno, por sua vez, caiu 1,6%, totalizando 40,6 milhões de animais, mas o número de matrizes de suínos (4,8 milhões) teve leve alta (0,5%), crescendo pelo terceiro ano consecutivo.


A região Sul detém o maior rebanho suíno e concentra 49,5% do total, apesar da queda de 2,4% no ano. Santa Catarina é líder com 7,6 milhões de suínos, e o maior rebanho municipal foi o de Toledo, no Paraná (1,2 milhão).


Já a piscicultura cresceu 1,7%, chegando a 529,6 mil toneladas. Com alta de 4,8% na produção, a região Sul seguiu na liderança, respondendo por 32,9% da piscicultura nacional. A tilápia continua sendo a principal espécie produzida, com 323,7 mil toneladas, ou 61,1% do total.


Fonte: G1

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