sábado, julho 25, 2020

Após apoiadores terem contas bloqueadas, Bolsonaro visita deputada e acena à ala ideológica

Pouco depois de divulgar em rede social ter testado negativo para a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro, fez um aceno ao seu grupo de apoiadores mais radical ao visitar a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).

Após apoiadores terem contas bloqueadas, Bolsonaro visita deputada ...

Bolsonaro estava recluso no Palácio da Alvorada desde o início de julho quando confirmou ter contraído o novo coronavírus.

Bia Kicis não escondeu a surpresa da visita. A deputada foi destituída nesta semana do posto de vice-líder do governo no Congresso.

A mudança na liderança faz parte de movimentos do presidente para ampliar a base de apoio na Câmara e no Senado. Essa estratégia tem "esvaziado" a linha mais radical e ideológica que o apoia desde antes do início do governo. Neste mês, o mesmo grupo perdeu o comando do Ministério da Educação.

A deputada foi eleita com a bandeira da defesa de ideias bolsonaristas. Bia Kicis está entre os parlamentares mais radicais do Congresso, atuando na defesa do governo e de teses do ideólogo Olavo de Carvalho

O aceno de Bolsonaro ocorre menos de 24 horas depois de ver apoiadores terem contas no Twitter suspensas em cumprimento à determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão judicial atinge perfis de 16 investigados no inquérito das Fake News.


O presidente se incomoda com o cerco ao grupo que o apoia de forma incondicional, sejam blogueiros, empresários ou políticos. Entre eles está Bia Kicis. A visita deste sábado indica uma tentativa de manter essa base de apoio, mesmo após trocas em lideranças ou comandos de ministérios.

Bolsonaro já disse publicamente considerar que o STF tomava medidas contra a sua "mídia". Parte daqueles que tiveram contas bloqueadas voltou às redes com contas novas, ou utilizando o perfil de outras pessoas.

A dúvida é se o presidente seguirá na fase apaziguadora, em busca de governabilidade, ou se irá voltar a atacar ações da Justiça que miram seus familiares e grupos próximos a ele.

Fonte: G1

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